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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Póvoa – Nossa Senhora do Nazo

O santuário da Nossa Senhora do Nazo situa-se num planalto e é constituído por um vasto conjunto de edifícios. O núcleo central é a igreja, de razoáveis dimensões, cuja última reconstrução é de meados do séc. XIX (fig. 9.6). Do lado Leste da igreja existem cinco capelas, cada uma das quais alusiva a um dos mistérios gozosos do terço: a Anunciação (mandada construir por Álvaro Augusto Dias em 1906), a Visitação, o Nascimento de Jesus (1954), a Apresentação e o Encontro no Templo (1960).
Pertencem ainda a este conjunto, que é envolvido por um muro (construído em 1969), um altar destinado à Missa Campal, uma estátua de granito e um belo coreto em granito. O poço, que adiante se refere, fica próximo da capela e entalado no muro.
santuário a casa dos milagres e a casa das recordações. Estas construções são ligadas por um adro rectangular bem pavimentado e resguardado e que tem em cada canto uma pequena estátua de granito alegórica, respectivamente, à Fé, à Esperança, à Caridade e à Gratidão.
Descendo para o patamar seguinte, existem quatro pequenas capelas e um coreto em ferro. Mais abaixo um palco, um bar e restaurante e outras construções.
O excesso de arborização, constituído por eucaliptos de grande porte, impede que se desfrute plenamente a magnífica paisagem envolvente, o que só é possível a partir do adro do santuário. O meritório esforço de investimento feito no arranjo urbanístico do local bem merecia uma adequada intervenção paisagística.
Lenda. As primeiras referências ao local datam do séc. XVII, pela existência duma pequena capela, cujo objecto de culto se desconhece e que, em adiantado estado de degradação, servia de abrigo a pastores. Em 1673, nos dias 4, 7 e 8 de Setembro consta que apareceu Nossa Senhora a uma menina de dez anos, de nome Maria, filha de um habitante local de nome Jácome Trigo.
Maria era uma menina doente que teria mesmo tentado o suicídio. Na primeira aparição Nossa Senhora lançou sobre ela água da fonte junto à qual lhe apareceu, e disse-lhe: “Agora estás sã do mal de que padecias”. Maria ficou curada e a notícia do milagre espalhou-se pela aldeia.
Nas aparições seguintes Nossa Senhora fez à jovem um pedido muito simples e prático: que fosse dizer às gentes da aldeia que reparassem a capela para que nela a sua imagem fosse venerada.
O pedido da Senhora não caiu em saco roto. O povo, entusiasmado com o milagre, não só reparou a capela como a transformou em local de culto e romaria.
Estes acontecimentos foram descritos pela primeira vez, cerca de quarenta anos após a sua ocorrência, ou seja, no início do séc. XVIII, por Frei Agostinho de Santa Maria. Foi nesta época que o santuário se tornou no local de romaria mais concorrido de Trás-os-Montes.
História. Em 1843 foi iniciada a construção do actual santuário, a casa dos milagres e as cinco capelas. Em 1864 aconteceu um grave percalço: Dois terramotos deitaram por terra a Casa dos Milagres e causaram danos apreciáveis na igreja. Os trabalhos de construção do santuário só ficaram concluídos em 1879, tendo o carrilhão de dez sinos sido instalado em 1883. A pavimentação do adro e colocação das quatro estátuas acima referidas deu-se em 1885.

Roteiro do Culto Mariano em Terras de Bragança e Zamora
Publicação da C.M.B.

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