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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Folar ainda conserva o sabor de antigamente

A uma semana da Páscoa começa a azáfama da cozedura dos folares no Nordeste Transmontano. Nenhuma família dispensa esta iguaria da sua mesa nesta época.
Esta semana fomos até à freguesia de Carvalhais, no concelho de Mirandela, conhecer a padeira Fernanda Graziela, de 80 anos, cujos pães e folares ainda hoje são cobiçados.
Na mesma freguesia falámos também com outro padeiro, mas que produz através do método industrial.
Fernanda Graziela ainda se sente com forças para cozer, mas já não com a frequência com que o fazia outrora, quando cozia quatro fornadas por dia e ao fim-de-semana triplicava a produção, pois a clientela era assídua e vinham de vários pontos do País.
“Trabalhava-o [pão] bem, não lhe deitava fermento a mais. O das padarias deitavam-lhe muitas mistelas que é para andar mais depressa e para crescer mais, era por isso que ele se estragava no Verão e preferiam o meu”, conta a padeira.
O dia começava de madrugada. Por volta das duas da manhã, já Graziela arranjava as coisas para iniciar os trabalhos. Já não coze frequentemente há 16 anos, mas diz que ainda hoje era capaz de fazer o melhor pão das redondezas. “Lembro-me muito, lembro, lembro…”, recorda a octogenária quando se refere aos tempos de padeira. “Ainda hoje tinha força para cozer. A receita não está esquecida ainda, o caco [a memória] ainda o tenho bom, ainda não está esquecido, é como andar de bicicleta”, assegura.

in:jornalnordeste.com

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