sábado, 12 de abril de 2014

Raúl Rego homenageado na terra natal

O escritor Raúl Rego vai ser homenageado, no domingo, na terra natal, a localidade transmontana de Morais, no concelho de Macedo de Cavaleiros, com a apresentação de um livro sobre as atividades de jornalista e político.
A obra é da autoria da historiadora Natália Neves dos Santos que apresentou, em 2007, cinco anos depois da morte do escritor transmontano, uma dissertação de mestrado sobre Raúl Rego.
O trabalho é publicado pela Poética Edições, uma editora de Macedo de Cavaleiros, onde o escritor vai ser homenageado numa iniciativa da Nordeste Global - Associação Cívica, Cultural, Social e de Desenvolvimento Regional.
A homenagem decorrerá na aldeia de Morais com a apresentação do livro "Raúl Rego - O Jornalista e o Político" e palestras da autora e de Luís Reis Torgal, o professor que privou com o escritor e assina o prefácio da obra resultado da dissertação de mestrado que também orientou.
"Esta é uma obra cujo sentido que sempre faria assume um enfatizado simbolismo no ano em que se comemora o 40.º aniversário do 25 de Abril", afirmou à Lusa Virgínia do Carmo, responsável pela editora que, com esta publicação, pretende iniciar um novo ciclo no percurso do projeto até agora dedicado essencialmente à poesia.
A historiadora Natália Neves dos Santos destaca no livro a "vasta atividade profissional" desenvolvida por Raúl Rego "na imprensa, como jornalista, sofrendo, diariamente e durante décadas, o peso da censura que sufocou o país até à Revolução dos Cravos."
"A minha geração foi uma das sacrificadas. Espero que o meu sacrifício aproveite à paz e progresso de meus filhos", escreveu o homenageado, em 1973.
Se fosse vivo, Raúl Rego completaria, a 15 e abril, 101 anos.
Nascido na aldeia de Morais, em 1913, o escritor transmontano morreu em Lisboa, em fevereiro de 2002.
Escreveu sobretudo sobre política, foi político, jornalista e grão-mestre da maçonaria.
Dirigiu os serviços de imprensa das candidaturas presidenciais dos generais Norton de Matos, em 1949, e Humberto Delgado, em 1958.
Foi ministro da Comunicação Social no primeiro Governo Provisório, depois do 25 de Abril, e deputado do Partido Socialista na Assembleia Constituinte e na Assembleia da República.
Enquanto jornalista, fundou o jornal A Luta, depois de ter passado por publicações como a Seara Nova, Jornal do Comércio, Diário de Lisboa e Jornal República.

Lusa

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