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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Aldeia de Parada - Caracterização

Distando sensivelmente uma vintena de quilómetros para sul da cidade de Bragança, esta freguesia liga-se àquela urbe através da sinuosa E.N. 217 (complementada por um pequeno ramal camarário). Do subsolo desta freguesia se extraiu já considerável quantidade de estanho e volfrâmio, minérios explorados em locais de curiosíssima toponímia, como seja o Cabeço da Oreta da Pata, a Boca da Ribeira, Teixugueiras e Telheira.
Integrando, para além do povoado principal de Parada, a vetusta aldeia de Paredes (sita na área setentrional e á margem da E.N. 217), a freguesia registará hodiernamente cerca de 666 habitantes (em meados do século, contaria uma 1090 almas).
Designada outrora Parada de Infanções e Parada de Outeiro, esta freguesia verá o seu topónimo principal radicado etimologicamente em uma circunstância histórica e geográfica, de natureza viária e no sentido de “paragem” (tal como “pousada”), à semelhança de mais uma dúzia de outras freguesias assim designadas só na região norte do País.
Outras teorias, porém, são avançadas por autores como José do Barreiro ( para quem a designação radicaria em uma obrigação senhorial de alimento e abrigo, dita “parada”) e Francisco Felgueiras, autor de uma pequena monografia da freguesia. O designado Castro Mau (também dito “Mu” ou “Mouro”, surgindo assim “Mau” como diminutivo de “Mauro”, que deu “Mouro”) localiza-se nos limites com a vizinha Coelhoso, ocupando um Cabeço sobranceiro ao rio Sabor. Já o Castro de Cidadelhe (ou ciradelhe), sendo um dos mais amplos povoados fortificados castrejos da região, reparte-se pela também vizinha Pinela e mostra ainda vestígios de uma linha de muralhas pétreas reforçada por profundo fosso.
Proveniente de um destes povoados castrejos ou imediações (Fraga do Berrão?), acha-se junto à Igreja Paroquial de Parada uma escultura zoomórfica em granito, representado um espécime porcino. Embora popularmente apodada de “romana”, será já de época baixo-medieval a ponte de alvenaria alçada sobre um afluente do Sabor, na área oriental da freguesia. Trata-se de um belo exemplar de arquitectura pontística românica, integrando três arcos de volta perfeita ( o central de bem maior amplitude) e tabuleiro formando lomba no respectivo pavimento lajeado. S. Gens de Parada aparece já documentada, como freguesia, nas “Inquirições” de 1291, ordenadas por D. Dinis.
A actual fábrica do templo paroquial datará dos finais do séc. XVIII, mostrando porém sinais de recente reforma. Em Paredes, povoado já documentado no templo de D. Sancho I, ergue-se a antiga Igreja dessa extinta paróquia. Numerosas e interessantes são as capelas erguidas no aro da freguesia, a saber: a de S. Roque (com inscrição datada de 1605 alusiva a um surto e peste que motivaria a sua erecção), a de S. Lourenço, a de Sto. Amaro, do Sr. Da Sta. Cruz e das Sras. do Carmo e das Candeias. Curiosa e anacronicamente lendária é a Gruta do Profeta Elias, merecendo também particular referência a fonte arcada e “cristianizada” de S. Lourenço, sita no lugar de Paredes.
Tradições
Durante o ano e essencialmente no Inverno, os habitantes de Parada organizam diversas festas que estão relacionadas com o calendário cristão, destacando-se a festa dos Homens Bons ou dos Rapazes, festa do Ramo, festa do Carro, festa da Rosca e da Galhofa, cantar dos Reis, Entrudo e a serra das velhas.
Nos tempos livres, os habitantes da freguesia de Parada jogam o Fito, a Raiola e futebol.

in:cm-braganca.pt

1 comentário:

  1. Alerto para um erro no texto, onde se lê "Parada de Inflações", deve ser "Parada de Infanções".

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