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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Aldeia de Quintanilha - Caracterização

Encaixada na orla nascente (e fronteiriça) do território concelhio, Quintanilha dista 31 quilómetros da Cidade de Bragança, unindo-se esta através das E.N. 218 e 218-1. Muito recentemente, foi inaugurado o troço Bragança-Quintanilha, integrado no IP 4, com uma extensão de 17,5 quilómetros e incluindo duas notáveis pontes sobre o rio Sabor e a ribeira do Porto.
Montanhoso e acidentado, o território paroquial de Quintanilha abrange uma área medianamente extensa, delimitada pelo rio Maçãs (a leste, marcando a fronteira com o país vizinho) e o seu pequeno tributário a margem direita (a sul). Fazendo parte integrante do Parque Natural de Montesinho, esta área raiana cativa pela sua paisagem agreste, onde o frondoso e encaixado Vale do Maçãs vem trazer e necessária nota de frescura, com a sua praia fluvial, parque de merendas e outros aprazíveis recantos.
Animada outrora pelo movimento comercial aduaneiro (e, sobretudo, de contrabando...), a população de Quintanilha conhece agora alguma letargia, conservando o seu substracto rural como fundamento da economia local.
A mineração teve também aqui sua importância outrora, onde o chumbo era explorado nas minas denominadas de Quintanilha (registadas sob os números 10 e 14) e do Carreirão do Ferradal.
Serão cerca de 328 os actuais residentes no lugares de Quintanilha, Réfega e Veigas, denotando assinalável acréscimo populacional em relação aos 192 de meados do século.
A arqueologia local (uma vez mais dada a conhecer, em primeira mão, pelo infatigável Abade de Baçal) contará dois antigos povoados fortificados da Idade do Ferro – o Castro de Réfega e o de Quintanilha.
Sabe-se, através da documentação medieval, que a população de Quintanilha foi legada à coroa pela própria irmã de D. Afonso Henriques, a viúva D. Sancha, após o falecimento do seu marido D. Fernão Mendes. Por esta altura já S. Tomé de Quintela de Rio de Maçãs (era essa a designação ao tempo) andaria instituída como paróquia.
Pelas “Inquirições” de D. Afonso III, datadas de 1258, se conhece ter aqui numerosos bens (casais) o mosteiro leonês de Moreirola, que os terá adquirido ao tempo de D. Sancho II. S. Tomé de Quintanilha andou integrada no antigo concelho de Outeiro de Miranda, com carta de foral de 1514 e extinto em 1853.
Também o lugar de Veigas foi outrora – e até ao séc. XVII – sede de freguesia, preservando-se o respectivo templo paroquial. Este guarda no seu interior um precioso legado de pintura mural quinhentista (dos finais da centúria), cuja importância artística foi já evidenciada por Dalila Rodrigues.
De superior interesse arquitectónico (e a clamar por classificação) é também a Capela de Nossa Senhora da Ribeira, edifício da fábrica românica tardia (séc. XIV, provavelmente), atribuído pela tradição à Rainha Santa Isabel, que teria patrocinado a sua construção. Outros valores patrimoniais são a própria Igreja Matriz (talvez setecentista) e a Capela de Réfega.

in:cm-braganca.pt

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