Encaixando também na orla meridional deste concelho de Bragança, a freguesia de Serapicos dista da capital concelhia, e em direcção ao sul, cerca de trinta e dois quilómetros, vencidos estes através do IP 4 ou E.N. 15 (até Vale de Nogueira) e pequeno ramal camarário de ligação.
Abarcando uma considerável fatia de território, em área planáltica de mediana altitude (rondando em média os 500 metros), Serapicos é cortada pela ribeira de Vilalva, tributária do sabor, a cujas águas se reúne uns vinte quilómetros para sul. Incluindo os lugares de Serapicos, Carçãozinho e Vila Boa, esta freguesia reunirá actualmente um total de 410 residentes. Destes, a população activa andará especialmente afecta ao sector primário.
Por 1932, deambulando por estas paragens o Abade de Baçal, terá detectado uma pequena rocha xistosa, algumas insculturas gravadas semelhando indecifrável inscrição. Os sinais rupestres, de tipologia “alfabetiforme”, foram posteriormente explicados pelo sábio como correspondendo a possíveis marcas de propriedade ou dominais, assinalando assim limites territoriais identificados pelas siglas gravadas.
A proximidade dos petróglifos com a chamada Fonte dos Engaranhos, de alegadas virtudes profilácticas em “engarinhados” (isto é, indivíduos com distúrbios de crescimento, locomoção ou fala) será também de ter em conta, tratando-se de um bem remoto culto das fontes, possivelmente pré-romano. Alguns sinais gravados na proximidade de estações castrejas surgem também associados ao riquíssimo tema folclórico dos “Tesouros”, tão cultivado pelos Sanciprianistas, remetendo alguns para uma cronologia mais próxima (épocas medieval e moderna).
Quanto às origens da instituição paroquial, sabe-se apenas que Santa Maria de “Serapicos” (era essa então a grafia dada ao topónimo) surge já como de fundação antiga – “Ipsa ecclesia fuit facto de vetero” – nas “Inquirições” ordenadas por D. Afonso III, em 1258. Esta circunstância levará a supor que já existisse em época pré-nacional de reconquista cristã, aqui desenvolvida em especial pelos próceres ditos “Braganções” nos velhos nobiliários medievais.
Rica em valores patrimoniais edificados de índole religiosa, Serapicos tem na respectiva Igreja Matriz um interessante exemplar de singela traça barroca ao gosto provincial, possivelmente da primeira metade de setecentos.
Deveras interessante é também a Capela de N. Sra. do Viso, com seu Santuário integrando oito templetes alusivos ao calvário. De traça original possivelmente seiscentista, a dita capela sofreu um importante restauro pelos finais do século passado. De fábrica e traça recente, segundo os ditames da técnica do betão armado, é a capela de S. Sebastião, curiosa estrutura dotada de espécie de “alpendre” (embora descoberto...) constituído por um travejamento assente em pilares quadrangulares e em forma de “U” a proteger a frontaria. Nos lugares de Vila Boa e Carçãozinho levantam-se os respectivos templos locais.
Tradições
Na freguesia de Serapicos, como acontece em muitas outras, celebram-se várias festas e romarias que divertem a população.
Os jogos tradicionais que se praticam com maior frequência nas alturas de festa nesta freguesia são: o jogo da Barra/ferro, o jogo do Fito e o Futebol.
in:cm-braganca.pt
Não confundir com SERAPICOS, junto a São Joanico, concelho de Vimioso e terra de gente boa,(referindo-me aqui especialmente a São Joanico por saber de experiencia feito e não por menosprezo das GENTE das outras povoações indicadas, as quais merecem todo o meu respeito).
ResponderEliminarUm abraço de parabéns pelo magnifico sitio em defesa das GENTES e coisas Transmontanas.
Assina um antigo vizinho do Bairro da Previdência de Bragança que não tem a recordação da sua pessoa mas que recorda muito bem a sua irmã Ana Martins fundamentalmente por uma proximidade de idades.(Bloco 1-1º esq. e irmão do Ernesto.