quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Greve de Professores afecta o funcionamento das aulas no 1º ciclo e no pré-escolar com níveis de adesão a rondar os 90%

Hoje é dia de Greve Nacional dos Professores na região norte, e em Bragança. Na cidade, o Sindicato dos Professores da Zona Norte indicou que o nível de adesão à greve dos professores no 1º ciclo e no pré-escolar foi de 90%. Nos restantes níveis de ensino, a adesão foi de 30%.
Esta manhã, no Centro Escolar da Sé, a Rádio Brigantia falou com uma mãe, Carla Nunes que por causa da greve e de não haver aulas afirmou não ter a quem deixar o filho. Situação igual foi a de Isabel Vara e de Vera Paz que destacaram as dificuldades dos dias de greve.

No Centro Escolar da Sé, que compreende o ensino pré-escolar ao 1º ciclo fizeram greve 40 docentes, num total de 48. Também não houve aulas na Escola Básica das Beatas.

Já no Centro Escolar de Rebordãos, fizeram greve 5 docentes (7 professores no total). Na Escola Paulo Quintela, faltaram 9 docentes, num universo de 32 professores. Na escola Secundária Emídio Garcia, 9 docentes aderiram à greve em 52.

Já no agrupamento Escolas Abade Baçal, no primeiro ciclo a adesão à greve foi quase de 100% (Escola Augusto Moreno não há aulas, tal como em Roças).

No agrupamento Miguel Torga, o Centro Escolar Santa Maria foi o mais afectado, não havendo aulas também. Na Escola Miguel Torga estiveram 27 professores em greve num universo de 80.

A greve começou na segunda-feira, de forma faseada e hoje decorre nos também nos distritos do Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e na região Autónoma dos Açores. Manuel Pereira, coordenador do Sindicato dos Professores da Zona Norte denuncia que o governo não quer negociar. O motivo principal é a defesa da recuperação do tempo de serviço que esteve congelado para efeitos de progressão na carreira.

“Desde Julho que o senhor ministro não negoceia connosco, chega às reuniões diz o que quer e vai se embora. Não há negociações. Querem repor os 6 anos e pouco do tempo congelado de serviço e isso não é justo para os professores que estiveram 9 anos, 4 meses e 2 dias a trabalhar, e agora não podem sem usar esse tempo para a progressão de carreira. É injusto”.

Para além da contabilização do tempo de serviço, os professores exigem que aposentação seja digna e que o governo não acabe com a carreira de docente.

“As expectativas são que a adesão dos professores do distrito de Bragança seja grande e encerre as escolas porque há muita coisa por decidir. Desde a recuperação do tempo de serviço congelado, a questão das aposentações, o funcionamento das escolas do que é lectivo ou não é. Mais, a última que o governo pretende fazer que é acabar com a carreira de docente e transformá-la na de funcionário público. São mais que muitos os motivos para se encerrarem as escolas”, reivindica Manuel Pereira.

Este é o quarto dia de greve que termina amanhã, com uma manifestação Nacional, no dia Mundial do Professor, em Lisboa.  

Escrito por Brigantia
Maria João Canadas e Carina Alves

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