Mudam-se os tempos e mantêm-se as vontades. Parecem "os copos sempre em pé". Nem os rostos mudam.
Temos mesmo que os gramar. Ou porque vão embora, ou fingem que vão embora, mas regressam para os estrelóquios que é como quem diz, para as fotografias. Ou porque são compadres dos que mandam no quintal. Ou porque foram padrinhos dos "sempre em pé". Ou porque continuam a segurar na bandeira até ter as filhas, ou os filhos, no "sítio" que ambicionam... Ou... Porque sim! Ou porque o Povo anda a dormir!
E continua-se a esbanjar dinheiro para gáudio de meia dúzia e a fazer... que se faz!
É COLTURA para dar e vender. Os dias e os meses a passarem e Bragança adormecida. Arranjos e arranjinhos. Tachos e tachinhos. Enquanto os que andaram a abanar as bandeiras nas campanhas não tiverem o prometido arranjinho... está tudo em pausa. Os concursos continuam a ser à medida do freguês e todos aceitam o facto como sendo uma fatalidade.
Vão saltitando de poleiro em poleiro e não são galos.
Já agora pergunto porque não se tem coragem para desistir do EVIDENTE elefante branco que será o Museu da Língua e não se perspetiva no espaço alojamento estudantil. Sem os estudantes do IPB Bragança é uma aldeia e das pequenas.
Temos mesmo que os gramar. Ou porque vão embora, ou fingem que vão embora, mas regressam para os estrelóquios que é como quem diz, para as fotografias. Ou porque são compadres dos que mandam no quintal. Ou porque foram padrinhos dos "sempre em pé". Ou porque continuam a segurar na bandeira até ter as filhas, ou os filhos, no "sítio" que ambicionam... Ou... Porque sim! Ou porque o Povo anda a dormir!
E continua-se a esbanjar dinheiro para gáudio de meia dúzia e a fazer... que se faz!
É COLTURA para dar e vender. Os dias e os meses a passarem e Bragança adormecida. Arranjos e arranjinhos. Tachos e tachinhos. Enquanto os que andaram a abanar as bandeiras nas campanhas não tiverem o prometido arranjinho... está tudo em pausa. Os concursos continuam a ser à medida do freguês e todos aceitam o facto como sendo uma fatalidade.
Vão saltitando de poleiro em poleiro e não são galos.
Já agora pergunto porque não se tem coragem para desistir do EVIDENTE elefante branco que será o Museu da Língua e não se perspetiva no espaço alojamento estudantil. Sem os estudantes do IPB Bragança é uma aldeia e das pequenas.
Usam e abusam dos chavões que decoraram: Território, Resiliência, Identitária... como se isso pusesse pão na mesa a alguém.
Posto isto:
Antigamente em Bragança e aos eventos, ia quem se revia no tema, na área, na ação e no interesse que lhe despertava o acontecimento.
Penso ser suposto que quando se gastam dinheiros públicos na organização de qualquer tipo de evento, esse, tenha como objectivo um determinado tipo de “público”. Um público que pode, ou não, exponenciar o que ali ouviu ou aprendeu.
Antigamente havia poucos ou nenhuns eventos. Contudo, os poucos que se iam organizando faziam todo o sentido.
- O que fazia o pessoal, a malta?
- Os que gostavam de dançar, iam aos bailes.
- Os que gostavam de Futebol, iam ver os jogos do GDB, do CAB ou do Mãe d´Água.
- Os que gostavam de beber uns copos e comer uns petiscos, iam até às tabernas, às tascas, aos bares e aos cafés.
- Os que gostavam de ler, iam até às livrarias e se não podiam comprar uns livros, lá os iam desfolhando com a conivência dos livreiros. Valia-nos, também, a Gloriosa Calouste Gulbenkian.
- Os que gostavam de Teatro, pertenciam ao grupo do bairro ou da associação e o mesmo acontecia com os que gostavam de folclore.
- Os que gostavam de jogar ao fito, jogavam, Os da bilharda igual, os do bóio idem aspas aspas e por aí fora. Os da sueca jogavam e sabiam da “poda”…
Quero com isto dizer que as pessoas faziam o que podiam mas sobretudo o que gostavam de fazer sem terem que se mostrar aos outros. A malta não precisava de BOTAR FIGURA!
Não havia televisão pelos cantos e as fotografias que se iam tirando eram raras.
Ninguém ia a lado nenhum para ficar na fotografia. Exceção feita quando iam ao Ricardo ou ao Victor. Nesses casos e por razões ponderosas, ia-se mesmo para ficar na fotografia e, entendia-se que assim fosse.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades…
Hoje em dia, melhor dizendo, de há uns anos a esta parte, os eventos sucedem-se a um ritmo infernal, quase vertiginoso e com temas para TODOS OS GOSTOS. Os de quem?
Todos os temas são ao gosto do Cócó, do Ranheta e do Facada. Se não são, parecem. Os três vão a todas!
Hoje em dia, qualquer coisita tem “direito” a uma infinidade de fotos e de filmagens.
Ide dar uma volta aos registos e vereis!
Já sabemos que é inevitável a presença das figuras protocolares. Representam as Instituições e, com estoicismo, lá nos vamos habituando a vê-los.
Fazei, quando vos apetecer, um exercício que vos sugiro. Ide ver os registos fotográficos e os “filmes” dos “acontecimentos em Bragança nos últimos anos.
Colóquios, Palestras, Encontros Nacionais e Internacionais, Estrelóquios, Cultura e Coltura, Preto e Branco, Azul e Amarelo, Carne e Peixe… dia e noite… sol e escuridão… amargo e doce, feio e bonito… contradições.
- Se o assunto é Astronomia quem está presente? O Cóco, o Ranheta e o Facada!
- Se o assunto é Agricultura quem está presente? O Cóco, o Ranheta e o Facada!
- Se o assunto é Fogos e Extintores quem está presente? O Cóco, o Ranheta e o Facada!
- Se o assunto é Literatura quem está presente? O Cóco, o Ranheta e o Facada!
- Se o assunto é Pintura Naif quem está presente? O Cóco, o Ranheta e o Facada!
- Se o assunto é a Apanha da Batata quem está presente? O Cóco, o Ranheta e o Facada!
- Se o assunto é a Vespa do Castanheiro quem está presente? O Cóco, o Ranheta e o Facada!
- Se o assunto é Ballet ou Música Clássica quem está presente? O Cóco, o Ranheta e o Facada!
- Se o assunto é Escultura ou a Banha da Cobra quem está presente? O Cóco, o Ranheta e o Facada!
- Se o assunto é Desporto em todas as suas variantes quem está presente? O Cóco, o Ranheta e o Facada!
- Se o assunto não tem assunto quem está presente? O Cóco, o Ranheta e o Facada!
- Se o assunto é o lançamento de uma obra literária ou outra e se no final oferecerem um exemplar quem está presente? O Cóco, o Ranheta e o Facada!... Nem que seja escrita ou falada em mandarim.
- Se houver merenda ou porto de honra quem está presente? O Cóco, o Ranheta e o Facada!
Concluindo, temos na nossa terra uns 3 ou 4 GÉNIOS que são profundos conhecedores de todas as áreas e semi-áreas desde a mais banal à mais sofisticada.
Nem sequer colocamos a possibilidade de não serem assim tão bons na actividade que desempenham e para a qual são remunerados.
São o nosso orgulho! Muito obrigado!
Tinha que ser proibido gastar um cêntimo que fosse, sem se perspetivar qualquer tipo de mais valia para o colectivo, para as gentes, para o povo, para os que ainda respiram, para os que pagam impostos. Uma sociedade de fachada. Não aprendemos nada.
E andam sempre, por ali, uns cócós que devem pertencer ao protocolo por serem do partido ou para fazer número para tentar dar a entender que os eventos têm mais que 10 presentes.
Ridículo... sempre os mesmos. Sempre os mesmos 10!
Sustentai-os!
E O POVO PÁ? Pobre terra. Façam umas sardinhadas ou umas febras para o povo. Mobilizaria mais gente e ficava, bem mais, barato.
Obs* Coloquem o GOSTO. Não façam como de costume. Tens razão Henrique mas... sabes que não me posso manifestar.
De que vale a democracia e a liberdade de expressão se não temos coragem para a exercer?
Bragança, 11 de julho de 2020 (e ainda bem dentro do prazo de validade)
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