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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Azimute Premiada pela Fundação Calouste Gulbenkian

Aldeia Pedagógica recebe prémio Entregerações.


A Azimute (Associação de Desporto Aventura e Ambiente) foi premiada pela Fundação Calouste Gulbenkian com o projecto “Aldeia Pedagógica”, que se propõe transformar uma aldeia, Portela, no concelho de Bragança, num local onde se podem aprender saberes ancestrais, onde o trabalho artesanal é uma realidade, nomeadamente a confecção de pão, compotas, pequenas hortas, capoeiras, a produção manual de queijos segundo métodos tradicionais. A localidade está num processo acentuado de despovoamento, mas continua a ser residência de muitos idosos que ali nasceram e viveram. Muitos deles vivem sós e em situação de isolamento. A Azimute lançou-lhes um repto no sentido de transmitiram esses conhecimentos às gerações mais jovens e visitantes urbanos, transformando-se nos “professores da vida rural”. O contacto com a natureza, com a origem dos alimentos, a vida animal (domésticos e selvagens) e a floresta podem proporcionar às crianças aprendizagens concretizadoras dos conhecimentos adquiridos nos manuais escolares, para além de aprenderem a conhecer e a proteger a natureza. As visitas, que devem ser programadas, destinam-se sobretudo a escolas e a famílias.
O projecto foi bem aceite pela comunidade, que desta forma abre as suas portas aos forasteiros. Antes de avançar para o terreno a Azimute realizou um inquérito na aldeia para indagar a disponibilidade dos idosos para participar na iniciativa. Os seniores não só aceitaram o convite, como deixaram claro que a única coisa que desejam em troca “é carinho e atenção”, contou João Cameira, responsável pela associação.
Para a população, esta nova actividade “professores da vida rural”, trará mais-valias que poderão melhorar a sua qualidade de vida, aumentar a sua auto-estima, reduzir o sentimento de solidão. Os ‘professores da vida rural’ tiveram oportunidade para frequentar três workshops de fotografia ministrados pelo conhecido fotógrafo António Sá, que explicou as primeiras noções de fotografia a pessoas que na maioria nunca tinham pegado numa máquina. “Numa perspectiva de fazer um trabalho intergeracional e de uso das novas tecnologias, surgiu a ideia da fotografia digital”, referiu o fotógrafo. Pegando em algumas imagens feitas por todo o mundo, António Sá transmite o amor que tem pela imagem e dá dicas de como a câmara fotográfica se pode tornar num bom passatempo. “É o nós gozarmos a vida e registarmos as coisas de que gostamos através da fotografia. Os alunos são aplicados e acho que agora vão aplicar-se ainda mais”, sublinhou. João Cameira adiantou que vão ser realizados mais workshops, nomadamente de informática.
“É uma forma de os idosos fazerem uma reciclagem de conhecimentos e de tomarem conhecimento com temas que desconhecem, mas que os mais novos dominam. Desta maneira pode, comunicar mais facilmente”, afirmou. A Azimute conta com a colaboração de dois jovens estagiários, que ajudam a dinamizar as actividades. A “aldeia pedagógica” está pronta para receber as primeiras visitas. Foi tudo testado num ensaio “que correu muito bem”, garantiu João Cameira. Infância Gonçalves, quase a chegar aos 80 anos, é uma das “professoras da vida rural” que neste caso passou para o outro lado e aprendeu a mexer numa máquina fotográfica digital. “Vamos lá ver o que dá. Nunca tinha mexido numa máquina”, confessou. Perante a surpresa da captação e visualização rápida da imagem, a idosa fartou-se de rir de alegria. “Afinal nunca é tarde para aprender”, disse.
Quanto ao galardão que o projecto recebeu foi atribuído no âmbito do Programa Envelhecimento e Coesão Social. A Fundação Calouste Gulbenkian lançou o Prémio EntreGerações , em Portugal e no Reino Unido, com vista ao desenvolvimento de projectos-piloto intergeracionais para enfrentar um desafio do século XXI. Com este programa, a Fundação Calouste Gulbenkian pretende testar uma série de abordagens ao nível do trabalho intergeracional, através do apoio a projectos em Portugal e no Reino Unido, que serão acompanhados, monitorizados e avaliados em todas as etapas. Os resultados desta análise serão partilhados e disseminados a nível nacional e transnacional, para benefício das práticas de governos centrais e locais, do sector do voluntariado e das organizações locais. A primeira fase do concurso em Portugal terminou a 26 de Março de 2010, tendo sido recepcionadas mais de 300 candidaturas a nível nacional. Para a segunda fase foram seleccionadas 20 candidaturas.

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