Antero Luís |
O juiz, que veio do cargo de director do Sistema de Informações de Segurança (SIS) - substituído por Horácio Pinto - acredita que a nova plataforma de interoperabilidade dos sistemas de informação vai, garantiu ao i, ser importante para mudar as mentalidades e, de alguma forma, resolver a velha questão da partilha de informações entre as polícias. O novo secretário- geral disse ainda que vai reunir com todos os directores das forças de segurança e considerou prematuro fazer qualquer comentário a possíveis convulsões sociais que o antigo secretário-geral, Mário Mendes, referiu recentemente.
Mário Mendes disse ao i que a situação de convulsão social continua latente "sobretudo em zonas urbanas sensíveis", como foi o caso recente do Bairro da Arrentela, na Margem Sul, onde jovens incendiaram um autocarro na sequência de confrontos com a PSP. Para o antigo secretário-geral do GCS, que regressa ao Supremo Tribunal de Justiça, há o perigo de surgirem franjas autónomas no interior dos movimentos organizados de contestação sindical, que podem vir a potenciar conflitos sociais. Pode suceder, referiu Mário Mendes, que os sindicatos tenham que, de alguma forma, não deixar que essas franjas se aproveitem dos movimentos de contestação.
Para Mário Mendes, o caso da Arrentela pode ser ou não uma face visível dessa latente conflitualidade social. Em França, recordou, foram acontecimentos como esse que originaram o clima de violência que se veio a verificar. Todavia, conclui que, no que diz respeito à segurança, Portugal está preparado para conter este tipo de ondas de violência.
Na tomada de posse do juiz desembargador Antero Luís, estiveram o ministro Rui Pereira e o secretário de Estado da Justiça. Augusto Freitas de Sousa
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