segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Forno comunitário já coze pão em Além do Rio

Já está a funcionar o forno comunitário de pão que a câmara de Bragança recuperou no bairro Além do Rio em plena cidade.
A infra-estrutura existia há muitos anos mas acabou por se degradar.  Este sábado foi feita a inauguração e Maria da Luz Rodrigues foi a primeira a usá-lo nessa manhã para cozer uma fornada de 31 pães.“Eu amassei e os meus familiares ajudaram-me noutras tarefas. Usei 20 quilos de farinha. Disseram-me que caberiam à volta de 25 pães mas afinal couberam mais” refere, acrescentando que “o forno coze bem mas tem de ser ter lidado com ele porque ainda é forno e custou muito a rojar. Gastou muita lenha”.Cândida Pires, filha da última proprietária do forno, manifesta-se satisfeita por ver o forno recuperado.“Estou muito feliz. Foi bem terem recuperado o forno. Eu já tinha vindo aqui uma vez e cheguei ali em cima e vi-o quase no chão e fiquei muito aflita e não quis cá voltar” conta, acrescentando que “a minha avó trabalhou aqui toda a vida até ser velhinha, depois a minha mãe substitui-a”.Esta recuperação foi feita em parceria com a Associação dos Amigos do Forno.O presidente explica que para a população usar agora o forno “vamos tentar fazer como antigamente. As pessoas que queiram vir cá cozer podem vir livremente desde que haja um entendimento entre as partes”. Francisco Olegário salienta que a utilização do forno “é gratuita, têm apenas de trazer a lenha para cozer e nós abrimos a porta”.Para o presidente da Câmara de Bragança esta é mais uma das obras de requalificação do centro histórico da cidade.“Hoje não há nenhum edifício público no centro histórico que não esteja recuperado. No âmbito do projecto Bragança Activa a Câmara Municipal decidiu, nos últimos tempos, proceder à aquisição de alguns edifícios privados para lhe dar uma utilidade pública e neste caso foi o forno comunitário que foi entregue à Associação dos Amigos do Forno” refere Jorge Nunes, adiantando que “na próxima semana vai iniciar-se a recuperação de edifícios para residências universitárias”. Com este processo a autarquia quer “trazer gente nova para o centro histórico e atrás dessa presença trazer actividade económica”.
A requalificação deste forno comunitário custou 115 mil euros co-financiado em 80% por fundos comunitários.

Escrito por Brigantia

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