quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Parques unidos pelo turismo

O Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), o Parque Arqueológico do Vale do Côa e o Museu do Côa estão ligados por um percurso turístico, que visa promover a região duriense do Douro Superior.
A arqueóloga e técnica do PNDI, Alexandra Cerveira Lima, explica que este percurso pretende mostrar um território patrimonialmente rico e diversificado, de áreas classificadas e protegidas, nomeadamente um parque natural, um parque arqueológico e a primeira área protegida privada do País, a Reserva da Faia Brava.
Assim, no Parque Arqueológico será possível visitar o Museu do Côa, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, equipamento cultural que funciona como ponto de acolhimento para todos os visitantes que procuram a região, bem como um núcleo de arte rupestre.
Já no Parque Natural do Douro Internacional, os visitantes terão a possibilidade de fazer um percurso pedestre, com observação de aves num contexto paisagístico, geológico e arqueológico de eleição, como é o caso da calçada de Alpajares, no concelho de Freixo de Espada à Cinta.
Os percursos englobam, ainda, uma visita à aldeia valorizada de Cidadelhe, no concelho de Pinhel, de uma apresentação da Área Protegida da Faia Brava e da Grande Rota do Vale do Côa, nos concelhos de Pinhel e Figueira de Castelo Rodrigo, terminando com uma visita à aldeia histórica de Castelo Rodrigo.

Douro Internacional e Vale do Côa procuram atrair turistas do litoral
A viagem inicia-se no Pocinho, procurando “estimular” a visita de quem habita no Grande Porto, ou nas imediações da Régua, visto que o percurso de comboio pela linha do Douro é, também ele, “uma experiência turística inolvidável”.
“Por outro lado, este território fronteiriço, irmanado com Espanha, quer pela classificação de Siega Verde como Património Mundial enquanto extensão do Côa, quer pela presença do Parque Arribes del Duero, pela outra margem do PNDI fica, por força da existência da linha do Douro, paredes meias com o litoral”, acrescenta Cerveira Lima.
Com estes percursos pretende-se, como se pode ler na nota de divulgação preparada pelas diversas entidades promotoras, dar a conhecer um território que " nos remete para perspectivas tão arcaicas, quanto contemporâneas: paisagens amplas, conservadas, e a grande arte, paleolítica e ao ar livre”.
Por outro lado, destacam-se os enclaves naturais onde as aves rupícolas habitam escarpas gravadas há mais de 25 mil anos pelas comunidades do Paleolítico Superior, que nos legaram auroques, cabras, cavalos
As arribas dos Vales do Douro permitem ao visitante contemplar fauna separada no tempo por 25 mil anos e a obra de artistas separados pelos mesmos 25 mil anos.
“A baixa densidade populacional, já milenar, e a recente produção de conhecimentos, criaram, afinal, um território notavelmente equilibrado", concluiu Cerveira Lima.
O primeiro percurso dentro deste território, bem como uma das primeiras experiencias turísticas do género, decorreu no passado fim-de-semana, como forma de “interligar” todo um Douro.

in:jornalnordeste.com

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