À semelhança do que aconteceu em 2007, a seca prolongada obrigou a autarquia a pôr em marcha um plano de contingência para fazer face à falta de reservas na barragem de Serra Serrada, em Montesinho, que é o principal ponto de armazenamento de água no concelho.
Para já, o transporte está a ser feito com recursos a seis auto-tanques de várias corporações de bombeiros do distrito, mas o dispositivo pode vir a ser reforçado esta semana. “O plano vai vigorar com os meios que nós tivermos ao dispor e que vão aumentar. Devemos chegar aos nove camiões cisterna ainda esta semana. Só ainda não estão operacionais porque as viaturas ainda não estavam em condições e estão a ser preparadas para isso”, refere o vice-presidente da Câmara, Rui Caseiro. Segundo o responsável, a operação só terminará quando chover em quantidade suficiente para repor as reservas no sistema de abastecimento.
O transporte de cerca de mil metros cúbicos de água por dia obriga a uma operação de logística que representa encargos na ordem dos 10 mil euros diários, uma situação que vem complicar as contas da autarquia. “É evidente quer isto são custos elevados. Não temos meios e não está previsto no nosso orçamento, mas temos de arranjar dinheiro. Vamos ter de procurar apoio”, refere o autarca.
Presidente do INAG visitou a barragem de Serra Serrada e verificou que “a situação é crítica
Este plano de contingência foi delineado na passada quarta-feira entre a Câmara de Bragança e o Instituto Nacional de Água (INAG) depois de autarquia alertado a população de que as reservas de água só dariam até meados de Novembro. O presidente do INAG, Orlando Borges, visitou a barragem de Serra Serrada e verificou que “a situação é crítica”. “Amanter-se este tempo, há necessidade de recorrer a meios adicionais e restrições”, admitiu.
Neste momento está a decorrer o quarto estudo de impacto ambiental para a construção da barragem de Veiguinhas. A Câmara de Bragança considera este projecto fundamental para garantir o armazenamento de água no concelho. Orlando Borges reconhece que terá de ser criada uma alternativa à Serra Serrada, “que neste momento não é suficiente para abastecer Bragança”. “A não ser que alguém consiga justificar que há outra opção mais sustentável e mais barata, Veiguinhas é uma boa solução”, entende Orlando Borges.
in:jornalnordeste.com
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