Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Miranda do Douro - Preservação do mirandês em aberto


Criação de Fundação ou Instituto são duas possibilidades para o modelo de organismo destinado a preservar esta língua. No entanto, o processo está a demorar mais do que o previsto
O secretário de Estado da Cultura é da opinião que a defesa do mirandês diz respeito ao povo de Miranda do Douro, o qual deverá decidir se a preservação da língua poderá passar por um modelo de Instituto ou Fundação. Segundo o governante, o dossiê que prevê a criação de uma Fundação ou Instituto da Língua Mirandesa ainda não foi apresentado à Secretaria de Estado da Cultura (SEC). Francisco José Viegas admite, porém, que há a possibilidade de o Governo poder apoiar um dos dois modelos. "Perder uma língua é como perder a nossa alma. E perder o mirandês é como perder um pouco da alma de Miranda e de Trás-os-Montes", frisou Francisco José Viegas. 
O governante, que falava no decurso da abertura do Festival de Sabores Mirandeses, disse que se pode mostrar abertura para o reconhecimento da cultura mirandesa e das suas variadas formas, mais ou menos conhecidas. "Reconhecer estas formas culturais é importante, já que as expressões culturais mirandesas foram ignoradas ao longo dos tempos", acrescentou o secretário da Estado. Para Francisco José Viegas, a língua poderá ser um factor importante para pôr as pessoas a defender as suas tradições e a sua cultura, as quais são fundamentais para a criação de uma marca cultural de Miranda do Douro, que poderá ser explorada. "Nós, hoje, não podemos isolar aquilo que é cultura e património das outras dimensões da vida cultural contemporânea que têm a ver com turismo, ambiente, ou com o lazer", concluiu. 
O presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Artur Nunes, reconheceu que a "ambicionada" criação da Fundação da Língua Mirandesa ainda não está formalizada devido ao aparecimento de "entraves burocráticos" que levam à criação deste tipo de organismos. "Face a esta situação, vamos ter de encontrar uma nova forma e tudo leva a crer que a ideia poderá passar por criar um Instituto da Língua Mirandesa em vez de uma Fundação", admitiu o autarca. Artur Nunes garante que tem uma reunião agendada na SEC para debater a criação deste organismo de defesa e promoção da língua mirandesa, há muito defendido por investigadores e estudiosos, como forma de preservar esta secular forma de comunicar. 
No entanto, foi decido por vários estudioso, linguistas e outros agentes culturais, que o modelo de Fundação seria o mais” apetecível” para ser incrementado como Instituição de defesa do património imaterial da Terra de Miranda. A comissão instaladora para a fundação da Língua Mirandesa foi formalizada em Setembro de 2010. 
O autarca de Miranda do Douro, Artur Nunes considerou na altura o momento como "um passo em frente" no estudo e divulgação da Língua Mirandesa. Aquando da sua criação esta comissão englobava um conjunto de nomes ligado ao estudo e promoção da língua como Amadeu Ferreira, escritor e investigador, Júlio Meirinhos, mentor da Lei do Mirandês, e o próprio autarca de Miranda do Douro. Todo o processo de instalação da futura Fundação do mirandês deveria estar concluído até ao final 2010, e passado mais de um ano e meio ainda não é conhecido o modelo a seguir.


Por: Francisco Pinto
in:mdb.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário