A procura superou as expectativas e houve até quem tivesse esgotado o stock. Foi o caso da expositora Sofia Araújo, do stand “Tradição Transmontana”. “Tudo esgotado. Já só tenho mesmo o que está aqui na banca. Para hoje já só tenho estas duas metades, de 50 que foram feitas hoje e ainda fui buscar mais 10. Está a correr melhor do que era previsto”, contou.
E o prémio de melhor Bola Doce foi para o Cimo da Quinta Miranda do Douro. Foi uma das três bolas que concorreu ao concurso de melhor Bola Doce e venceu.
Já não é a primeira vez que leva o prémio para casa. Rui Pires explicou que o segredo está nos ingredientes e nas mãos de quem a faz. “É feita de camadas de açúcar e canela, entre cinco a sete, e depois são as mãos de quem faz este produto”, disse.
Apesar do frio e da chuva, houve quem rumasse a Miranda do Douro para visitar a feira, alguns com raízes na região, outros visitantes do país vizinho.
“Adoro a bola doce de Miranda do Douro. Já tentei fazer em Lisboa, é difícil. Acho que é um dom das pessoas de Trás-os-Montes”, disse uma transmontana, que vive em Lisboa e que veio matar saudades de casa na Páscoa.
Ao longo dos três dias também não faltou animação, com a actuação dos vários grupos de pauliteiros e pauliteiras do concelho de Miranda do Douro.
Desde 2013 que as mulheres decidiram abraçar a tradição. E assim surgiu o grupo de pauliteiras de Sendim. Lara, de 21 anos, é uma das jovens que quer manter vivas as danças. “É uma tradição que já é antiga na nossa terra e também para mostrar que as raparigas são umas guerreiras”, sublinhou.
A Feira da Bola Doce decorreu entre quinta-feira e domingo, em Miranda do Douro. Além da venda deste ex-libris mirandês, também não faltaram outros produtos regionais, como o mel, o azeite, licores, queijo, enchidos e artesanato, num total de 90 expositores.
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