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terça-feira, 18 de junho de 2024

Despovoamento é a principal causa de incêndios rurais na região mas programa "Aldeias Seguras Pessoas Seguras" promete diminuir flagelo

 Nos últimos anos há cada vez mais incêndios, de maiores dimensões e mais difíceis de combater


O abandono dos terrenos agrícolas e florestais, devido ao despovoamento das aldeias, é uma das grandes causas para os incêndios neste território.

Trazer gente ao Interior, para povoar as localidades e consequentemente voltar a ter os terrenos tratados, evitando os incêndios, é complicado. Noel Afonso, comandante sub-regional de Emergência e Protecção Civil do Comando Sub-Regional das Terras de Trás-os-Montes, disse que é preciso apostar noutras valências, como o programa “Aldeia Segura Pessoas Seguras”. “O programa nasce para fazer face à grande tragédia dos incêndios de 2017 e visa, por um lado, sensibilizar as populações e treiná-las para casos de incêndio, para se confinarem num local próprio, tem também a estratégia da protecção dos aglomerados e das faixas dos combustíveis à volta das populações. Tudo isto combinado irá proporcionar uma autodefesa das nossas populações”, explicou.

Outra das apostas, hoje em dia, é enviar mais meios para os incêndios, desde a sua fase inicial. O comandante disse que estão preparados para o Verão que está à porta. “Temos de estar preparados para verões cada vez mais difíceis e incêndios cada vez mais difíceis e explosivos e é esta adaptação que estamos a fazer, em que projectamos muito mais meios nesta fase inicial, do que fazíamos no passado”, adiantou.

Declarações de Noel Afonso no conselho raiano “Gestão do Território e Ameaças Ambientais", que aconteceu no sábado, em Vimioso.

O conselho foi organizado pela associação Rionor. O presidente, Francisco Alves, disse que é urgente trazer gente para o Interior mas faltam políticas. “Antigamente combatia-se os incêndios com o cultivo dos campos, mas essa agricultura de subsistência morreu, mas há alternativas. Esses dinheiros que se gastam com essas políticas que não funcionam, podiam ser postas na revitalização das aldeias, com algumas actividades ligadas à agricultura, mas abertas ao futuro, com também alguma iniciativa no campo das energias renováveis, turismo de natureza e nómadas digitais”, frisou.

A associação tem organizado vários conselhos sobre os grandes problemas que afectam este território, como o despovoamento, a falta de acessibilidades rodoviárias e ferroviárias, bem como sobre educação, por exemplo. O presidente faz um balanço positivo do que tem sido discutido mas assume que há muito por debater e resolver.

O conselho raiano “Gestão do Território e Ameaças Ambientais" decorreu no sábado, em Vimioso.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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