A importância da criação de agrupamentos de baldios e a necessidade de aumentar a participação comunitária são duas das principais conclusões do Projeto Safer-Lands, apresentadas no seminário final, que teve lugar na Escola Superior Agrária de Bragança, na passada sexta-feira.
“Foi assinado um protocolo que permitiu que as várias federações de baldios pudessem criar os agrupamentos, que são várias unidades de baldios. Assim ficam com uma área maior e com capacidade para contratar técnicos florestais, para fazerem uma melhor gestão dos espaços”, explicou Conceição Colaço, uma das responsáveis pelo estudo.
Nos cerca de quatro anos em que se desenvolveu o projeto foram criados mais de 20 agrupamentos de baldios em todo o país, o que contribuiu para melhorar a gestão integrada dessas áreas. “A delimitação correta dos baldios ainda é um grave problema, que precisamos de resolver. Há a delimitação tradicional, através de marcos, mas se não estiverem lá, criam-se confusões. Não se sabe se a terra pertence a privados, à junta de freguesia ou se é baldio. Há ainda muitos conflitos dessa natureza. O que está a ser trabalhado com os agrupamentos é garantir que a delimitação dos baldios está bem feita”, referiu Conceição Colaço.
Glória Lopes
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