O programa tem 20 anos e a praia fluvial transmontana ergue-a desde sempre, como explica o presidente da câmara de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues:
“Nós estamos exatamente com o mesmo número de anos que tem este prémio de acessibilidade. São 20 anos de praia acessível e desde sempre houve uma preocupação do município em criar condições para a inclusão”.
O objetivo é promover a acessibilidade balnear e da inclusão, reconhecendo publicamente o esforço desenvolvido para garantir que todas as pessoas, independentemente da sua condição, possam usufruir das praias com conforto, e autonomia, salienta a presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional para a Reabilitação, Sónia Esperto:
“É estimular os municípios para que criem condições de acessibilidade nas suas praias, destinada às pessoas com deficiência e também com mobilidade condicionada, que pode ser temporária, têm toda a legitimidade e o direito a poderem frequentar os espaços das praias e o acesso às mesmas, porque isso também é o reconhecimento dos seus direitos.
As comunidades têm cada vez mais se preparar com todas as condições para que todos possam beneficiar independentemente da sua condição de ser humano e é uma forma também de nós desbloquearmos até preconceitos relativamente à diferença e promovermos a aceitação das pessoas que têm uma condição diferente da nossa”.
O autarca explica o tipo de equipamentos que a zona balnear dispõe:
“Estamos a falar de cadeiras anfíbias, para pessoas que são paraplégicas e têm uma grande dificuldade de acessibilidade à água. São cadeiras que têm grande segurança, portanto, elas permitem uma sustentabilidade na água e uma proteção que evite que elas incorram num risco de afogamento, mas sempre sob a supervisão, obviamente, dos nossos nadadores-salvadores”.
Sónia Esperto refere que são os municípios que têm de se candidatar a este prémio, que é uma mais valia para o território e salienta que existem apoios de financiamento:
“Esta é a mensagem que eu gostava de passar. Não é difícil, o investimento não é o custo das obras. Nós temos que pensar que temos um quadro comunitário que tem um conjunto de financiamentos que até podem ser aproveitados e depois por outro lado cada município tem que olhar para estes programas, que no fundo vão dar um galardão, não é?
Com um investimento para os seus munícipes e também para todas as pessoas que venham visitar os seus territórios”.
O prémio “Praia Acessível, Praia para Todos!” Já tem duas décadas e já atribuiu a bandeira a mais de 240 praias.
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