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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Obras de Arte da Pré-História ao Século XX

Atingir novos públicos com projectos inovadores é um dos objectivos do Museu Abade de Baçal, que apresenta uma colecção rica e diversificada
Após as obras de requalificação, ampliação e adaptação do espaço a características museológicas, concluídas em 2006, o Museu Abade de Baçal pode finalmente apresentar todo o seu espólio que abrange a arte contemporânea (pintura e desenho, sobretudo), a arqueologia, a epigrafia, a etnografia, numismática, ourivesaria, arte sacra, escultura, mobiliário e faiança. Das esculturas zoomórficas pré-históricas, a marcos milenares romanos, até à pintura de Abel Salazar, no século XX, passando pela arte sacra, ourivesaria e paramentaria de séculos anteriores, este espaço, situado na zona histórica de Bragança, apresenta uma exposição que abrange um imenso período de tempo, e constituiu-se como um lugar incontornável de passagem, para quem pretenda conhecer um pouco melhor esta terra. 
Grande parte da exposição é um legado de ilustres bragançanos que, ao longo dos tempos contribuíram para esta reunião de peças. Uma outras peças fazem parte da história do próprio edifício, que foi Paço Episcopal até à implantação da Republica, em 1910. Entre os que mais terão contribuído para esta reunião de peças está o Abade de Baçal, director do museu de 1925 a 1935, e também Raul Teixeira, outro dos directores deste espaço, nas décadas seguintes. A designação actual, como “Museu Abade de Baçal”, foi conferida logo em 1935, pelo Ministério da Instrução Pública, como homenagem ao “eminente arqueólogo, testemunho ímpar de Trás-os-Montes na cultura portuguesa da primeira metade do Século XX”, pode ler-se numa nota informativa fornecida por Ana Maria Afonso, directora do Museu. 
Criado no âmbito do ideário da República, em 1915, o então Museu Regional de Obras de Arte, Peças Arqueológicas e Numismáticas de Bragança, este museu herdou o espólio do Museu Municipal de Bragança, criado em 1847, sob a direcção do coronel Albino Lopo. Funcionou, até 1015 nos paços do concelho e foi, entretanto, enriquecido com a participação da classe eclesiástica que correspondeu ao apelo do Bispo da época, D. José Alvez Mariz, no sentido de serem incorporadas no recheio do Museu obras de interesse artístico, histórico, ou arqueológico. Segundo Ana Maria Afonso, os visitantes, podem, assim encontrar o fundo mais antigo do Museu, constituído pelo espólio proveniente da igreja do antigo Paço Episcopal, constituído por mobiliário, pintura, esculturas e alfaias litúrgicas do século XIII. Também podem ser visualizados dois tectos de antigas igrejas, um deles pertencente à Igreja de S. Bento e outro à Igreja do Convento dos Jesuítas de Bragança. 
A colecção de arqueologia foi reunida pelo Coronel Albino Lopo, arqueólogo natural de Torre de D. Chama. Já a colecção de Epigrafia e a colecção Arqueológica do Neolítico da Idade do Bronze e Ferro devem-se ao Abade de Baçal. Na década de 40 foi incorporada no Museu uma importante colecção de pintura, por influência do director de então, Raul Teixeira, que tinha relações próximas com importantes artistas portugueses daquele tempo, como Joaquim Lopes, Henrique Tavares, Veloso Salgado, Marques Rodrigues, Ezequiel Pereira, Adolfo Marques, Túlio Vitorino, Justino Alves, Eduarda Lapa, Armando Lucena, Augusto Gomes e outros. Também sob a sua influência, foram incorporadas no Museu obras de Silva Porto, José Malhoa, António Carneiro, Aurélia de Sousa, Marques Oliveira e outros. O Museu dispõe ainda de colecções de Almada Negreiros e Abel Salazar. Este último deixou o legado ao Museu, também por influência de Raul Teixeira, de quem era amigo.
 Existem ainda outro importantes legados, como o legado de Sá Vargas, em ourivesaria e mobiliário, legado de Trindade Coelho, mobiliário e biblioteca, o legado de Guerra Junqueiro, mobiliário, documentos gráficos e pintura, o legado do Coronel Ramires, de 2000 moedas portuguesas, e o legado de Eduardo costa de mobiliário e pintura. Todos, è excepção de Abel Salazar são naturais do distrito de Bragança.


(in Mensageiro Notícias)

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