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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Vinhais e o salpicão: a capital do fumeiro

Castelo de Vinhais
Vinhais situa-se bem a norte da província de Trás-os Montes e Alto Douro. A vila é protegida a Norte por um sistema de montanhas das quais ressaltam a Serra da Coroa e o relevo de Seixão. Aninhada aos pés da montanha da Cidadelha ou Ciradelha, fica entre Chaves e Bragança, das quais dista respectivamente, 60 km e 30 km.
Povoação muito antiga, anterior à monarquia portuguesa, usou o nome de Póvoa Rica até ao século XVI, vindo a receber o nome de Vinhais devido aos frondosos e generosos Vinhedos que as soalheiras encostas mantinham, especialmente bordejando o Rio Tuela onde termina vicejante e produtivo vale que faz o regalo dos olhares para quem o observa da Vila, do outeiro de Santo António e da Ciradelha!
D. Dinis mandou fortificar a Vila devido à sua importante situação estratégica, à vista de Castela, tendo Vinhais efectivamente resistido com laivos de heroismo a todas as investidas dos espanhois, nomeadamente em 1666 aquando da Guerra da Restauração e depois em 1921 aquando do assédio dos monárquicos.
Do velho Castelo já pouco resta, resistindo ainda os dois arcos ainda em perfeito estado que permitem o acesso a interior das suas muralhas, onde o aglomerado de casas ainda é apelidado de Vila.
Em Vinhais chove bastante e a neve também é frequente. O Verão é um tanto aziago, podendo aplicar se o dito do povo que acha que “são nove meses de inverno e três de inferno”, que também já vimos aplicado a Miranda do Douro e porventura a muitas outras terras transmontanas.

Património monumental

Convento de São Francisco

Vasto Templo e ampla construção conventual, que apresenta as características arquitectónicas dos sécs. XVII e XVIII. Na fachada corrida, abrem-se janelões gradeados emoldurados de granito, com decoração joanina. Elegantes pináculos rematam as cornijas sobre as quais se levantam os frontões. A igreja possui um campanário parietal coroado por ânforas. O beiral é rematado por coruchéus.

Casas Novas

Casas Novas em Vinhais
Trata-se do Edifício dos antigos Condes de Vinhais, também denominado Casas Novas. Tem uma fachada marcada pelo ritmo das janelas e das portas com frontões triangulares e ferro forjado.
O Pelourinho de Vinhais tem fuste octogonal e capitel com símbolos heráldicos e cruz. É rematado por esfera armilar.
A Igreja de São Facundo é um edifício românico que se encontra situado no cemitério. Realce para as figuras existentes na fachada.
Quanto ao Castelo de Vinhais já aqui mencionado, subsistem alguns panos de muralha e cubelos de origem mediebval, de xisto, formando uma cinta de cerca de 200 metros, algumas torres e portas.
No concelho de Vinhais podem ainda hoje ser admirados diversos solares dos séculos XVII e XVIII.

Salpicão de Vinhais

Sendo a capital do fumeiro, talvez entre todos os produtos do fumeiro, o salpicão seja aquele que mais popularidade empresta a Vinhais. A receita é segredo, claro está, mas sabe-se que é feito com lombo de porco, sal, água, vinho, louro, alho e colorau. O salpicão de Vinhais é de um vermelho vivo e tem um aroma e sabor fumado característico. Deve ter 15 cm a 20 cm de comprimento e 5cm a 8 cm de largura , sendo fumado em lenha de carvalho ou de castanho. Para a sua confecção são utilizados os lombos e lombinhos de porco, inteiros ou cortados em peças únicas e cheios em tripa grossa.

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