Segundo Berta Nunes, “as pessoas dirigem-se ao centro de saúde e muitas vezes vêm sem conseguir uma consulta; muitas vezes vêm sem conseguir também a renovação do receituário crónico – vêm muitas vezes de longe só para conseguir uma receita e vão embora sem satisfazer essa necessidade”.
“Hoje, para cúmulo dos cúmulos não há um único médico no centro de saúde – nem na consulta aberta nem na consulta programada – e temos um centro de saúde a funcionar sem um único médico”, acrescentou a autarca.
Dos quatro médicos do centro de saúde “um está de férias e só deve regressar amanhã e, dos outros três, nenhum apareceu [esta segunda-feira no centro de saúde”. “Não seu se meteram atestado ou se estão de férias mas, de facto, isto significa que aquele centro de saúde não está a funcionar devidamente”, frisou Berta Nunes.
A presidente da câmara de Alfândega já comunicou o problema ao Agrupamento de Centros de Saúde do Nordeste. Segundo Berta Nunes, há médicos que faltam ao serviço de forma recorrente:
“Acontece que há vários médicos que faltam recorrentemente. Umas vezes metem atestado, outras apresentarão outro tipo de justificações [que desconheço]. O facto é que há muitas faltas [por parte dos] médicos, muitas vezes os utentes têm até consulta marcada e chegam lá e é-lhes dito que o médico não vem. Chegou-se a um ponto em que não há um único médico e isto mostra que o facto de as pessoas responsáveis não terem olhado para esta situação e não terem tomado as devidas medidas levou a uma situação em que não há um único médico.
in:rba.pt
Foto: http://jaj-lixa.com
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