Associação Aldeia promove ensinamento em poda

Este sábado, sócios e voluntários da Associação Aldeia estiveram a aprender a podar.Recentemente a associação adquiriu um terreno agrícola, em Urrós, concelho de Mogadouro, no âmbito de um projecto para a recuperação de aves rupícolas no Parque Natural do Douro Internacional e onde se encontram algumas culturas como a vinha, olival e amendoal.  Este fim-de-semana a associação convidou um habitante da aldeia, experiente na matéria, para ensinar a arte da poda.António Fitas foi o professor de serviço.
“Com os meus conhecimentos lá consegui pôr alguns a trabalhar. Uns aprenderam melhor do que outros mas tinha sempre que os orientar sobre quais os ramos que deviam ser cortados” afirma, acrescentando que este trabalho “requer um pouco de atenção para deixar a oliveira toda certinha, com os galhos novos para a época que vem a seguir e produzir mais azeitona”.Este tipo de manutenção é fundamental para que as oliveiras possam desenvolver-se melhor e produzir mais.
Para a Associação Aldeia, que existe desde 2003, isso é de extrema importância pois significa mais rendimento.“Esse é o nosso objectivo, é que estas produções sirvam para nos dar algum retorno e continuar a investir nestes terrenos e em projectos de conservação” refere a vice-presidente, Isabel Sá. Além disso com este “modelo de gestão, de sistemas agrícolas tradicionais, pretendemos que isto reverta para podermos investir mais em projectos de conservação” e salienta que na época da colheita “são também os sócios e voluntários que vêm trabalhar.
Para nós só é possível desta forma porque se tivéssemos de pagar á jeira a produção não chegaria”.Esta é a altura ideal para proceder a estes trabalhos de poda.A acção em Urrós contou com cerca de 20 participantes.Alguns até vieram de Espanha como foi o caso de Cândido Martin. “Ensinaram-nos como se faz e penso que agora seria capaz de o fazer sozinho” afirma. Já João Raimundo, que faz parte da associação e costuma participar nas suas actividades, desta vez veio “de propósito para participar na poda. Não foi difícil aprender.
Temos de seguir as indicações e tentar perceber a dinâmica que a árvore tem de ter para o seu crescimento. Também Filipe Fernandes, oriundo de Braga e emigrante em França, veio passar um fim-de-semana diferente.
“Tem de ser estar atento ao que diz o professor e depois é só subir à árvore e cortar os ramos que ele indica. Depois de fazermos uma ou duas vezes, depois já fazemos sozinhos”.
Em breve a associação vai instalar também naqueles terrenos um apiário para iniciar a produção de mel.

Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt