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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Aldeia de Macedo do Mato - Caracterização

Sita na orla meridional brigantina e distando uns quarenta e seis quilómetros da capital concelhia, Macedo do Mato vai entestar já, pelo sul e poente, com o vizinho município de Macedo de Cavaleiros. A ligação rodoviária entre a cidade de Bragança e esta sede de freguesia é concretizável de três diferentes formas: através da IP4 e subsequente ligação pelas E.N. 15, 15-5 e 317, unicamente por estas últimas ou, em alternativa, pelas E.N. 217 e 317. Integram a freguesia os lugares de Macedo do Mato, Frieira e Sanceriz, compreendendo um conjunto de 366 residentes (bem menos que os 693 registados em meados do século). O Castro de Macedo do Mato foi já alvo de notícia bibliográfica na década de trinta deste século, por mão do infatigável Abade de Baçal.
O estudioso aludia à descoberta ali de um “instrumento de ferro”, por obra e graça de uns “ sonhadores de tesouros que no local andariam a escavar, pelos idos de 1933. O objectivo em questão, ofertado ao museu posteriormente designado com o nome de Abade, teria um cumprimento de 27 cm por 4,5 de largura no corpo, terminando em ponta. Nos recortes do respectivo gume assemelhar-se-ia, segundo o autor em apreço, “aos arpões dos negros de África”.
Várias moedas em cobre teriam surgido conjuntamente com aquela provável arma, mas infelizmente ter-se-ão perdido sem que fosse possível averiguar cronologias.
É de crer, todavia, que este espólio corresponda a ocupação proto-histórica e da romanização. Na época baixo-medieval assumiriam aqui algum protagonismo duas já extintas realidades concelhias: Sanceriz, que teve foral outorgado por D. Dinis, em 1284, sendo extinto em 1836; Frieira, também antiga vila e sede de concelho e que andou igualmente integrada no antigo Concelho de Izeda, a partir da sua instituição (em 1836) e até 1855, data da sua extinção. A Igreja Matriz é um templo de medianas dimensões e razoável traça, surgindo a frontaria rematada ao alto, No vértice da empena, pelo característico campanário de avultadas dimensões. Dignas de nota são também as Capelas de N. Sra. dos Remédios e de S. Brás. Como valores patrimoniais de índole civil devidamente classificados, temos aqui a Ponte da Frieira, de provável fábrica baixo-medieval (“Valor Concelhio” desde 1990) e ainda os Pelourinhos de Sanceriz e Frieira (ambos “I.I.P.” desde 1933). O primeiro é constituído por uma base quadrangular de três degraus, onde pousa um pesadelo, monólito grosseiramente tronco-piramidal, a servir de dado; a coluna é cilíndrica e o elemento de remate tronco-cónico. Foi “reconstituído” em 1930.
Em Frieira pode apreciar-se uma quase total reconstituição, algo “pastiche” e de evidente mau gosto – numa envasamento quadrangular de xisto, foi assente uma base granítica de tipo “toscano”, partindo dali uma mais adelgaçada e recente coluna, conjugando dois tambores defuste; no topo surge uma placa em cruz de quatro braços iguais, disposta horizontalmente e servindo de apoio, na parte central, a uma peça tronco-cónica. Nas Ribeiras de Vale de Moinhos e Frieira pode o visitante apreciar moinhos de água.
Tradições
Uma forte tradição desta freguesia, como na região transmontana em geral, é a matança do porco, de onde se produz o tão afamado fumeiro (alheiras, linguiças, morcelas, azedos, chouriços doces e os botelos).
Outra das tradições é a realização da “fogueira da Páscoa”, que consiste no convívio da população em volta de uma enorme fogueira, durante toda a noite, no sábado de aleluia.
Os homens desta freguesia ainda praticam alguns jogos tradicionais como o fito, o ferro, a relha, o calhau, a sueca, entre outros. Estes jogos são praticados essencialmente aos Domingos e na véspera das festas.
As mulheres distraem-se a fazer lindas rendas (panos, toalhas, colchas, entre outros) e bordados.

in:cm-braganca.pt

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