Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Aldeia de Meixedo - Caracterização

Integrando o perímetro protegido do Parque Natural de Montesinho, a freguesia de Meixedo localiza-se a sul da periferia citadina de Bragança, dela distando uns cinco quilómetros. As E.N. 308-3 e 103-7 proporcionam a necessária ligação viária entre Meixedo e a urbe brigantina.
Sita à margem direita do rio sabor, esta freguesia mostra-se uma vez mais de natureza planáltica, evidenciando porém uma topografia algo acidentada. Marcando aqui e ali a paisagem montanhosa, sobressaem algumas eminências topográficas. Um desses cabeços, pelo menos, terá sido estrategicamente aproveitado, em recuada época proto-histórica para o assentamento de um povoado fortificado castrejo.
Será, uma vez mais, o Abade de Baçal quem o noticia em primeira mão (supomos): “A poente de Meixedo, coisa de três quilómetros desta povoação, na confluência do seu termo com o das povoações de Carragosa, Donai e Vila Nova, fica a Torre do Castro comum ás referidas povoações, também conhecido pelos nomes de Lombeiro Branco e Castro do Tesouro”. O reduto fortificado terá conhecido intensa romanização, como aliás toda a área da freguesia, onde apareceram já numerosos e significativos testemunhos epigráficos e de outros teores.
Dados a conhecer, na sua maioria, por Belarmino Alves (e posteriormente reestudados por R. Colmero), existem seis fragmentos de estelas funerárias (de um tipo que se aproximará de um Castro de Avelãs, sugerindo uma oficina local), surgindo apenas uma delas com a epígrafe completa.
As referidas estelas terão sido recolhidas, na sua grande maioria, em casa da própria aldeia de Meixedo, onde se encontrariam reaproveitadas bem assim como um alegado marco miliário, anepígrafo e fracturado. A acreditar em Pinho Leal (o que revelará grande temeridade, convenhamos...) já no ano de 922 se noticiaria uma “Igreja de Ameixêdo”, em uma doação dos Condes Lucídio Guimarães e Rodrigo Lucídio ao mosteiro de Castromire (sic).
A Igreja Paroquial de Santo André de Meixedo é um templo airoso, de formosa traça a um gosto que se adivinhará setecentista. Dotado de dois anexos laterais (sacristia e capela), integra uma capela mor ligeiramente sobreelevada em relação ao corpo da igreja.
Na frontaria destaca-se o pórtico rectangular rematado por frontão ornado de volutas, pináculos e uma cruz em relevo, abrindo-se a um nível superior (demarcado por estribo de cantaria horizontal) um pequeno óculo quadrilobado; no remate da empresa surge a invariável dupla sineira, esta adornada no topo por uma cruz de volumosa base, graciosamente aligeirada por uma decoração à base de volutas.
Vale igualmente uma visita o Santuário de Santa Ana, implantado em um aprazível alto, bem assim como os templetes invocados a S. Sebastião e S. Vicente. A freguesia compreende os lugares de Meixedo e Oleirinhos, reunindo um total de duas centenas de residentes (seriam 394 em meados do século). A agro-pecuária assume-se como principal actividade económica local.
Tradições
As festas religiosas servem de palco para a prática de diversos jogos tradicionais. Embora estes não sejam praticados com tanta regularidade como no passado, ainda se podem ver pessoas a praticar jogos tradicionais como a relha, a malha, a sueca, entre outros.

in:cm-braganca.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário