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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Aldeia de Zoio - Caracterização

Ainda na orla ocidental deste concelho brigantino, a confrontar (do ponte e sul) com Vinhais, fica a 
freguesia de Zoio. Distante uns dezanove quilómetros para sudeste da capital concelhia, Zoio tem ligação a esta através das E.N. 15 e 216. O seu território, medianamente extenso, surge uma vez mais a abarcar um dos pendores da Serra da Nogueira, desta vez na sua vertente ocidental (com altitude média a rondar os 700 metros).
Pese embora a falta de notícias comprovando achados de objectos ou estações arqueológicas comprovativos de remota ocupação local, é de todo plausível que também esta freguesia tivesse conhecido um povoamento pelo menos proto-histórico, a julgar pelo menos a abundância relativa de estações castrejas recenseadas pelas limítrofes Carrazedo, Nogueira e Rebordãos. O chamado rol das “ Villae forarie” em termo de Bragança, preciosicódice datável de meados do séc. XIII, alude já à “Villa de Uzoy” como foreira a coroa. A grafia “Ozoyo” ainda se registava pelos inícios do séc. XVIII (“corografia Portuguesa”, de 1706, do Pe. Carvalho da Costa). É de crer que este topónimo e actual designação paroquial “Zoio” radique assim, etimologicamente, em um antropónimo de raiz germânica. O “Chronicom de D. Pedro” dá notícia de uma igreja dedicada a “Sancti Zoili” e mandada edificar em finais do séc. X pelo rei Bermudo II. A forma “Osoilo”, respitante a nome próprio surge ainda em documentos de 1029.
Para além do povoado principal, que dá nome à freguesia, Zoio conta ainda com os aglomerados populacionais de Refoios e Martim, ambos correspondentes a sedes de antigas e extintas paróquias. No total, contabilizam estes lugares umas 270 almas, segundo os censos de 1991.
A Igreja de Refoios (invocando a N. Sra. do Ó) será talvez a mais imponente da freguesia, com sua graciosa traça ao gosto barroco que se há-de prever setecentista. Na frontaria, rematada ao alto por enorme campanário de tripla sineira, destaca-se o correspondente portal, de robusta arquitrave dupla e encimado por um frontão interrompido por caprichosas volutas enquadrando um nicho central (actualmente vazio).
Em Martim fica a velha matriz invocada a S. Martinho, templo espaçoso e de boa traça, presumivelmente setecentista. Registe-se que a antiga freguesia surge já notificada nas “Inquirições” de 1258, sob a designação de “Martinho” “podendo corresponder a antiga identificação do topónimo com o orago, como recomendará o arcaísmo).
Pelo último quartel do século passado, Pinho Leal aludia a duas capelas públicas invocadas a S. Sebastião, uma “no Zoio” e a outra em Refoios (já então arruinada), para além de um templete particular na Casa dos Ferreiras, em Refoios. Na actualidade pode apreciar-se ali as Capelas de Santa Ana, Santa Eufemia e Santa Luzia. Digno de nota é o folclore local, onde os riquíssimos e omnipresentes temas dos Mouros e Tesouros vão ganhar especiais contornos no lugar das Pedras Furadas onde, diz a tradição, se acham ocultos miríficos potes de ouro (herança, já se vê dos nomeados Mouros).

in:cm-braganca.pt

2 comentários:

  1. Fiquei muito feliz ao ler notícias sobre o Zoio - terra de meus avós maternos. Gostaria de saber mais. Poderia me ajudar? ( São Paulo- Brasil)

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    1. Olá Zilda, pode dizer o nome dos seus avós maternos?
      Para o autor desta crónica seria interessante explorar um pouco mais a partir das pessoas que são provenientes da aldeia e que se destacaram na História de Bragança e de Portugal. Tenho uma sugestão Pedro Álvarez Gato, nascido no Zoio, formado em Coimbra e Bacharel em Bragança por volta de 1800-1808. O Abade de Baçal fala dele e consta que era tão amigo do General Sepúlveda que lhe deixou uns bens.

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