(Colaboradora do Memórias...e outras coisas...)
(Uma piscadela ao que ficou para trás: “Subitamente apercebeu-se, ao fundo, onde as duas ruas quase se tocavam, de uma luz quente e acolhedora a tremer. Talvez um convite a chamá-lo. Caminhou, decidido, até lá. Deparou-se com uma casa de madeira com telhado baixo. Por cima da porta, o nome de batismo: Chalé dos Filosofemas.”)
Lá dentro, o ar morno envolvido por uma luz dourada adivinhava aconchego.
Um lugar que se assemelhava a uma loja de antiguidades com prateleiras cheias de livros centenários e potes de barro a ostentarem as mais variadas ervas. Talvez uma espécie de refúgio entre alfarrabista e casa de chá, com cheiro a pó e alecrim. A decoração, quase alegórica, compunha-se de pequenos bustos a representarem figuras desconhecidas, diversos e incompreensíveis símbolos adornados por molduras de madeira, uma escura mesa de carvalho com décadas de fissuras, onde repousava um telefone de manivela do séc. XIX, e uma coruja em cima de cada um dos muitos relógios pendurados nas paredes. Nada ali dentro era exatamente harmonioso mas havia naquela organizada confusão algo de acolhedor com adocicado sabor de memórias e tranquilidade.
Quando Félix Vagamundos entrou, uma sineta tocou e um gato velho, com focinho de quem se fizera anfitrião da loja em eras já passadas, estendido em cima de uma manta sobre um cadeirão coçado, espreguiçou-se com elegância e um certo azedume.
Aborrecido, abriu um olho e observou-o, meticulosamente.
— Ora! Eis, finalmente, chegado aquele que pensa que sabe o que procura. E que acredita que aqui vem por obra do acaso — anunciou, com desprezo.
Félix Vagamundos sentiu o peito morrer de susto. Parecera-lhe ouvir o gato falar. Mas antes que pudesse proferir palavra, outra voz se escutou:
— Veio do lado errado da rua mas, quem sabe, do lado certo do problema. O que importa é que chegou. E no momento perfeito. Nem mais perdido, nem mais achado.
Desta vez, entendera que o som viera do cadeirão onde o gato ainda jazia estirado.
Félix Vagamundos permaneceu estático, no meio da loja, certo de ter enlouquecido. Aquela aldeia insólita provocava-lhe alucinações.
Mas o gato continuou, sempre preguiçoso:
— Olha, perdeu o pio. Deve ter a mania que é único. De facto, a estupidez humana é universal e apresenta-se em todo o lado!
E logo o cadeirão contra-argumentou:
— Está só assustado, não vês? Com o barulho das horas.
No ar difundiram-se risinhos mordazes.
Félix Vagamundos sentia necessidade de manifestar a sua surpresa, mas a constatação do cadeirão levou-o a observar, com mais atenção, os vários relógios espalhados pelas paredes. Eram muitos. E verificou que nenhum deles funcionava devidamente. Todos indicavam horas desencontradas entre si. Era impossível saber exatamente qual deles reproduzia o horário verdadeiro.
O gato abriu a boca, com desdenhosa indiferença, exibindo os pequenos dentes brancos.
— O tempo é apenas uma questão de perspetiva, meu caro. Por exemplo, alguns gostam de o atrasar só para protelar o inevitável — comentou enquanto dava um salto para o chão e esticava as patas dianteiras.
Deu dois estalidos com a língua e continuou, examinando com curiosidade felina, o visitante à sua frente.
— Vagamundos, é isso? Apelido impecável para alguém que não sabe ao que anda…
— Não sabe ao que anda mas, com certeza, deseja saber ao que veio — elucidou o cadeirão, lacónico. — Pois sente-se e veja como isto funciona.
Perplexo, Félix Vagamundos escutava aquele singular diálogo sobre a sua pessoa, salpicado de sabedoria e mau humor, entre um gato e um cadeirão que, como dois cáusticos filósofos, conviviam de uma forma natural, dentro da excêntrica loja.
Como que atraído por um íman, aproximou-se do cadeirão e acomodou-se sobre a manta de lã, envelhecida, prostrada em cima deste.
Aquele rangeu, cansado e, com voz lenta, ordenou:
— Com cuidado, meu senhor, com cuidado. E certo de que não venha à procura de respostas fáceis, que aqueles que o fazem, acabam sentados sobre a própria ignorância.
Félix Vagamundos quis contestar mas o cadeirão avançou:
— Sinto-o nervoso, cheio de inquietações. Olhe que essa doença é o que mais vos esgota e desgosta!
— Ele veio com pressa? — questionou o gato, com fingida surpresa. — Hum… não me parece. Acho que só entrou aqui iludido. Acredita que bater asas para qualquer lado, resolve muita coisa. Os humanos são repetitivos.
Félix Vagamundos teve a impressão de que aquele gato e aquele cadeirão iriam impor-se como um desafio constante ao longo da sua permanência naquele espaço. Mas a verdade é que nunca um animal ou um móvel o tinham deixado tão curioso.
De repente, uma porta escondida nos fundos da loja chiou, discretamente, anunciando a chegada de mais alguém.
O corpo esguio da proprietária surgiu no limiar do aposento. Tinha o semblante raro de uma boneca atrevida misturado com a serenidade de uma deusa anciã. A mulher saiu do meio das sombras a envergar um vestido completamente fora de moda. Com um sorriso atrevido e voz de suave autoridade, ordenou:
— Então? Tenham calma, vocês os dois! Não sejam tão ríspidos com o nosso visitante. Ele só veio ter connosco para o ajudarmos a encontrar o extraordinário caminho de volta à sua casa.
O gato resmungou para si mesmo:
— Sim, para o ajudarmos, diz ela… Veremos se o Vagamundos consegue deixar de se perder dele mesmo.
Ela ignorou-o e, com a expressão altiva de quem sabe da matéria, dirigiu-se cordialmente a Félix Vagamundos:
— Os nossos clientes não entram nesta loja levados pela tentação dos sentidos e sim pela curiosidade intelectual, a vontade das perguntas. Sabem que as descobertas podem ser muitas… — explicou.
De seguida, despertou a atenção de Félix Vagamundos indicando-lhe um expositor que lhe passara despercebido quando ele ali entrara. Sobre o mesmo estavam pousados pequenos frascos de vidro baço, temperado pelo tempo, identificados com nomes invulgares. Por cima, um letreiro indicava: “Minutos de Reflexão”.
Ele levantou-se e fitou, com admiração, os frascos religiosamente ordenados enquanto a proprietária seguiu com o esclarecimento.
— Cada frasco destes contém um minuto de oportunidade para se ver e sentir com consciência. Um luxo pelo qual poucos querem pagar. Não porque fiquem mais pobres. Aqui não se trocam respostas por dinheiro. Apenas porque ficam cansados.
— Pois, a extinta arte de juntar dois neurónios sem provocar nenhuma faísca… — escarneceu o gato com um esgar ferino.
A mulher, cúmplice, retribuiu-lhe a amabilidade.
— Cada frasco aberto permite-lhe sessenta segundos de vivências correspondentes ao nome afixado no respetivo rótulo. Devo avisá-lo que a experiência pode ser prodigiosa ou, pelo contrário, profundamente desconfortável. Mas prometo-lhe que será sempre reveladora. Agora, esteja à vontade para explorar e fazer a sua escolha.
— E se a escolha não for a mais correta? — questionou Félix Vagamundos, apreensivo.
— Não existe o errado. Só a perceção da realidade é que lhe pode doer — clarificou ela, com determinação e concluiu — Mais alguma dúvida?
Félix Vagamundos acenou com a cabeça. Estava desconcertado mas, ao mesmo tempo, deslumbrado com a sua entrada naquele ambiente absolutamente surreal. Talvez se visse dentro de uma ficção mas, já que ali chegara, iria comprovar onde a aventura o conduziria.
Olhou para os vários frascos que aguardavam para serem tocados pelas suas mãos e, seguidamente, ao seu redor, para analisar o movimento das personagens que o acompanhavam. O gato, com a sua personalidade de aristocrata sábio e enfastiado, voltara a estender-se no cadeirão. Apreciava-o com olhos meio cerrados. O seu característico sentido de profeta obrigou-o a espetar nova alfinetada:
— Esteja à vontade, escolha devagar. É preciso cautela porque nem todos os que aqui entram conseguem sobreviver às suas próprias perguntas. É que o pensamento, às vezes… morde.
— E qual seria a graça, para nós, se todos eles fossem capazes de encontrar soluções fáceis para os seus problemas… — murmurou o cadeirão, a reforçar a provocação do companheiro.
A avaliar por onde começar, Félix Vagamundos sentiu a respiração ofegante. Cada nome inscrito na etiqueta daqueles frascos em forma de relíquia tocava o que, dentro dele, já há muito estava adormecido. Não tinha medo. A expectativa é que era grande.
Vacilante, pegou no frasco que indicava ‘1 Minuto de Honestidade’. O cadeirão pigarreou num som abafado.
— Quando destapar esse copinho, cuidado com o que lhe vier à mente. Olhe que o pensamento aparece sempre com grandes questões coladas à sola da cabeça.
Tinha razão. Uma vez o frasco aberto, o raciocínio entrou inevitável e diretamente dentro dele, desapiedado e sangrento. Sentiu de imediato uma transparência muito incomodativa sobre pequenas e grandes mentiras, subterfúgios, manobras de evasão, práticas de debandada e justificações inconcebíveis. Julgou mesmo ter escutado uma gargalhada visceral vinda do fundo da loja!
Perdeu o equilíbrio e caiu desapoiado sobre o cadeirão, obrigando o gato, de pelo eriçado, a saltar para o chão.
— Ora cá está! — rosnou ele, arreliado. — Os humanos não gostam mesmo nada destas sensações! Chamam-lhe culpa, arrependimento, ansiedade… Inventam atalhos para não chegar à verdade. Não, senhores, isto é só honestidade. E dói. Ah, pois dói! Precisavam de se sentar sozinhos com ela para a ouvirem falar.
Silencioso e ainda um tanto atordoado, Félix Vagamundos voltou a levantar-se, sacudiu a cabeça, esticou os ombros e regressou ao expositor dos frascos para uma nova eleição.
— Um minuto de insuportável honestidade e aí vai ele a fugir para a próxima virtude! Ah, Vagamundos! — exclamou o cadeirão com voz trocista.
Desta feita, a opção recaiu sobre ‘1 Minuto de Silêncio’. E logo que o frasco se abriu, uma memória longínqua chamou pelo seu nome. A lembrança de quando era ainda bebé com aquele balbucio de uma linguagem sem forma definida, a aprender a nascer. Depois, uma escuridão abateu-se sobre ele, cheia de recordações entorpecidas. O pavor da solidão anestesiado com tantos e desnecessários ruídos. A dramática sinfonia feita por coisas ridículas. As muitas perdas por causa das feridas provocadas pelo ímpeto de palavras lançadas como armas. Tudo o que desaparecera ou se arruinara na sua vida pela falta das mais simples pausas.
O minuto desfez-se como um sopro. E agora parecia-lhe impossível nunca ter prestado atenção à sua tamanha desatenção em relação àquele assunto. Invadiu-o uma tristeza imensa, uma vontade incontrolável de chorar e uma lágrima assomou-lhe ao canto dos olhos.
— Orgulhos, vaidades, medos… agora é o silêncio que goza com ele — deixou escapar o gato, relativamente incomodado com a desolação de Félix Vagamundos.
— Não pode ir assim, desajeitado, com tanta sede ao pote e deixar-se levar, apenas, pelo sabor do momento — aconselhou o cadeirão, consternado.
Até ao momento, a proprietária apenas assistira ao desenrolar dos acontecimentos. Com as mãos enfiadas nos bolsos do vestido, analisava as reações de Félix Vagamundos ao conteúdo de cada frasco. Mas, após o último colapso, entendeu ser melhor intervir:
— Vejo que está disposto a levar esta situação com genuína seriedade. Por isso tenho que lhe dizer que não vai encontrar em nenhum desses frascos qualquer solução pronta a consumir. O que está dentro deles tem um valor muito mais precioso. Oferece-lhe a possibilidade de começar a pensar. Ainda que seja praticamente impossível que venha a descobrir, hoje, tudo o que o trouxe até aqui. Terá que fazer, depois, os deveres de casa.
— O que ela quer dizer, meu caro, é que não pode perder-se pelo excesso de entusiasmo. E, em vez de se deixar atrair pelo brilho do vidro tem que ponderar, com calma, o próximo frasco que escolher. Senão, vai sair daqui sem aprender nada, com as mãos cheias de areia e continuar a vagar, perdido, para sempre — esclareceu o gato, irritado, de bigodes arrebitados.
Félix Vagamundos compreendeu, por fim, que cada frasquinho daqueles continha em si um importante ensinamento e representava um território dentro dele a ser cuidadosamente estudado. Um minuto que lhe mostrava anos de uma vida que o alheamento e o descuido o impediram de descortinar.
Respirou profundamente e pegou no terceiro frasco: ‘1 Minuto de Coragem’.
— Bem, desta vez, parece-me uma opção acertada — suspirou de alívio o cadeirão. — Um minuto de coragem é quanto basta para mudar tudo ou perceber que nada mudará.
E o gato adiantou com o seu sarcasmo de sempre:
— Pois, depende se a quer doce para abrir as portas ao que vem ou se vai senti-la amarga e impossível de mastigar porque vai obrigá-lo a ver aquilo que não quer. Estará preparado para a engolir?
Durante uns segundos todos esperaram, atentos, se Félix Vagamundos teria coragem para abrir o frasco da coragem. Primeiro ele hesitou, depois desenroscou a tampa gentilmente. Uma ténue claridade começou a libertar-se por entre a abertura. O primeiro pensamento que o acometeu perturbou-o uma vez mais: “passaste a vida toda em piloto automático, correste muito, olhaste pouco, agiste e paraste nos tempos errados, por medo deixaste de sonhar”.
O gato adivinhou-o:
— São aos milhões. Sobrevivem todos assim. Desencontrados e inconscientes a olharem para os relógios e nunca para o coração.
Era verdade, tinha-se rendido à loucura das rotinas, à ilusão de caminhos pouco seguros, à troca dos “nãos” com os “sins”. E no meio de toda aquela fadiga deixara de pensar no que estava a fazer da sua vida e, por consequência, deixara-a fugir de si. Uns curtos segundos de coragem e via, agora, com tanta clareza a sua cegueira!
Mas, inesperadamente, algo de grandioso aconteceu. Uma cintilação, que lhe fez lembrar um sol em miniatura, lançou-se para fora do frasco e um calor aprazível percorreu-lhe todo o rosto. Sentiu-se a despertar de um sono demasiado longo, mais consciente do próprio corpo, da sua respiração, de cada batimento cardíaco.
Tudo em torno daquele espaço vibrou subtilmente. A mulher, serena, fechou os olhos para absorver melhor o momento, o gato bocejou e alongou o corpo como se quisesse aproveitar também aquela energia e o cadeirão movimentou os pés com satisfação. Um único minuto de coragem. Tão breve, mas tão imenso. Tão incrivelmente real! Jamais imaginaria que um frasco tão pequeno pudesse conter algo tão colossal. Imagine-se se abrisse dois frascos de uma vez só…
A proprietária chegou-se a ele, com passos leves e olhar amigável:
— Como se deu conta, Félix Vagamundos, um minuto pode parecer pouco mas a consciência transforma-o numa eternidade. Aqui, nesta loja, teve oportunidade de viver ambos. E assim poderá continuar a ser se der ordem ao pensamento. É que as escolhas continuarão a vir mas, depois, não haverá frascos que as façam por si.
O gato, muito senhor da sua superioridade, não pôde deixar de ser o último a ditar a sentença:
— A vida é feita de minutos. É assim que ela se constrói: um minuto de honestidade, outro de silêncio e mais um de coragem… E, no entanto, muito pouco tempo para a entender. Agora é contigo, Vagamundos.
Depois disto, foi Félix Vagamundos quem fechou os olhos para sentir toda aquela verdadeira lição a penetrar-lhe na pele. O frasco, aberto na mão, já não o amedrontava. Sabia que não tinha todas as respostas mas a coragem para começar a discernir sobre as suas prioridades, deixara-o mais desperto, maior. Mais vivo.
Compreendera, então, que não viajava para descobrir e admirar novas paisagens. Não chegara a Brumadentro por vontade própria. Era um homem cheio de pressa convencido de que perdera a direção. E quando, finalmente, deixou de tentar encontrar o seu destino, o caminho encontrou-o a ele. No fim, ter-se perdido soube-lhe a liberdade.
Quando voltou a abrir os olhos viu-se, como por magia, sentado de novo ao volante do seu automóvel. No banco ao lado, os pães que a padeira lhe oferecera e o envelope, fechado, que o carteiro lhe entregara. Na memória, os alertas sensatos do barbeiro e a experiência sobrenatural vivida no Chalé dos Filosofemas. No pensamento, a convicção de que há coisas que não conseguimos evitar nem controlar e a certeza de que existem escolhas que podemos fazer, mesmo que para o conseguir, a maior luta não esteja fora, mas dentro de nós. Porque pensar, com coragem, ainda que apenas por alguns minutos, é o que nos faz retomar o caminho certo em direção à nossa Casa.
Epílogo:
“Uma vida não examinada não vale a pena ser vivida”, registou Platão na ‘Apologia de Sócrates’. Ironia dos nossos tempos: somos sôfregos de emoções! A emoção tornou-se moda. Depois de moda, passou a vício. Somos dependentes do “sentir” instantâneo e momentâneo. Todos precisamos de sentir. Sentir avidamente tudo. O vício, transformou e transformou-se na vida de cada um. E vamos bebendo dessa água do mar. Talvez arda um pouco na garganta e depois dilui-se, deixando apenas mais sede e o desejo de continuar a correr atrás de ondas e de vento.
Sentir sem pensar. Sentir com furor, refletir com travões. O cérebro cada vez mais enfraquecido… E afogamos na agitação explosiva, mas fugaz, da vida aquilo que deveria libertar-nos.
O que nos resta? O vazio que levou Félix Vagamundos ao encontro com Brumadentro.
Paula Freire
Paula Freire - Natural de Lourenço Marques, Moçambique, reside atualmente em Vila Nova de Gaia, Portugal.
Com formação académica em Psicologia e especialização em Psicoterapia, dedicou vários anos do seu percurso profissional à formação de adultos, nas áreas do Desenvolvimento Pessoal e do Autoconhecimento, bem como à prática de clínica privada.
Filha de gentes e terras alentejanas por parte materna e com o coração em Trás-os-Montes pelo elo matrimonial, desde muito cedo desenvolveu o gosto pela leitura e pela escrita, onde se descobre nas vivências sugeridas pelos olhares daqueles com quem se cruza nos caminhos da vida, e onde se arrisca a descobrir mistérios escondidos e silenciosas confissões. Um manancial de emoções e sentimentos tão humanos, que lhe foram permitindo colaborar em meios de comunicação da imprensa local com publicações de textos, crónicas e poesias.
O desenho foi sempre outra das suas paixões, sendo autora das imagens de capa de duas obras lançadas pela Editora Imagem e Publicações em 2021, “Cultura Sem Fronteiras” (coletânea de literatura e artes) e “Nunca é Tarde” (poesia), e da obra solidária “Anima Verbi” (coletânea de prosa e poesia) editada pela Comendadoria Templária D. João IV de Vila Viçosa, em 2023. Prefaciadora dos romances “Amor Pecador”, de Tchiza (Mar Morto Editora, Angola, 2021), “As Lágrimas da Poesia”, de Tchiza (Katongonoxi HQ, Angola, 2023), “Amar Perdidamente”, de Mary Foles (Punto Rojo Libros, 2023) e das obras poéticas “Pedaços de Mim”, de Reis Silva (Editora Imagem e Publicações, 2021) e “Grito de Mulher”, de Maria Fernanda Moreira (Editora Imagem e Publicações, 2023). Autora dos livros de poesia: Lírio: Flor-de-Lis (Editora Imagem e Publicações, 2022) e As Dúvidas da Existência - na heteronímia de nós (Farol Lusitano Editora, 2024, em coautoria com Rui Fonseca).
Em setembro de 2022, a convite da Casa da Beira Alta, realizou, na cidade do Porto, uma exposição de fotografia sob o título: "Um Outono no Feminino: de Amor e de Ser Mulher".
Atualmente, é colaboradora regular do blogue "Memórias... e outras coisas..."- Bragança e da Revista Vicejar (Brasil).
Há alguns anos, descobriu-se no seu amor pela arte da fotografia onde, de forma autodidata, aprecia retratar, em particular, a beleza feminina e a dimensão artística dos elementos da natureza.

Sem comentários:
Enviar um comentário