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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Pais e autarcas esperam pela publicação da lista de escolas a encerrar

Nova fase do processo de reorganização escolar foi anunciada no sábado à tarde pelo Ministério da Educação e da Ciência. “Era importante lutar para manter algumas escolas apesar de terem menos de 21 alunos", diz presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares.
Algum desgosto já começou a fazer-se ouvir em concelhos como Bragança. Continua, porém, por divulgar a lista das 311 escolas do 1.º ciclo do ensino básico que o Ministério da Educação e Ciência decidiu encerrar no próximo ano lectivo.
 Dirigentes como João Dias da Silva, da Federação Nacional de Educação, Mário Nogueira, da Federação Nacional dos Professores, ou Adalmiro Botelho da Fonseca, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, acham importante conhecer a lista para perceber o impacte da medida anunciada no sábado à tarde pelo Ministério da Educação e da Ciência.
“As escolas ajudam a manter vivas aldeias do interior”, diz Manuel Pereira, Presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares. O processo de desertificação tende a acelerar-se de cada vez uma escola fecha as portas. “Era importante lutar para manter algumas escolas apesar de terem menos de 21 alunos.”
No agrupamento de escolas que Manuel Pereira dirige, em Cinfães, encerram oito escolas espalhadas pela serra de Montemuro. Concentrar-se-ão num novo centro escolar. Ali, os pais e as crianças estão informados. Não soam protestos – nem na Gralheira, aldeia situada a uns 1250 metros de altitude, 15 quilómetros da nova escola. O professor não estranha. Parece-lhe que o país está resignado.  
No sábado, autarcas e deputados dos diversos municipais do Alto Tâmega exigiram que o Estado inverta as políticas de abandono do interior, mantenha os serviços públicos, como tribunais e escolas, assegure saúde e elimine portagens. Em Viseu, uma centena de pessoas manifestou-se contra o encerramento de escolas.
O presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais, Jorge Ascensão, também acha importante conhecer a lista. "Há um objectivo, pelo que percebi, de proporcionar melhores condições, mas temos famílias que nos fazem chegar que, em algumas situações, os meninos vão para escolas em que as condições estão piores ou idênticas", declarou, citado pela Lusa.
Por vezes, não são as condições que estão em causa. A Câmara Municipal de Bragança, por exemplo, contestou a proposta de encerramento de seis escolas por outros motivos. "Contestámos o encerramento de todas as escolas mas ainda não recebemos resposta", revelou ao PÚBLICO no sábado ao fim do dia o presidente da autarquia, Hernâni Dias. "A escola dos Formarigos cumpre uma função social importante, pois essa é uma zona onde habitam várias crianças de etnia cigana que, se não frequentarem esta escola, sabemos que será difícil que frequentem outra", exemplificou.
Já neste domingo, no Peso da Régua, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou o Governo de esconder quais são as 311 escolas a encerrar no país para "apanhar os pais e professores distraídos".
Segundo a agência Lusa, Jerónimo de Sousa insistiu na ideia de que esta política leva "à desertificação e ao despovoamento do interior".

in:publico.pt

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