terça-feira, 15 de julho de 2014

Analfabetos compram cartas por quatro mil euros

Os tentáculos do polvo difundiram-se desde Trás-os-Montes até Aveiro e giravam à volta dos centros de exames de Mirandela e de Bragança. Ser analfabeto ou chumbar não era obstáculo para ter carta. Bastava pagar.
Por causa de um esquema que durava pelo menos desde 2004 e foi desmantelado em julho do ano passado, numa operação da PJ de Vila Real, 107 indivíduos e nove empresas - essencialmente, escolas de condução - foram acusados pelo Departamento de Investigação e Ação Penal do Ministério Público do Porto por crimes de corrupção e falsificação de documentos.
No núcleo da rede situavam-se 36 elementos. Trata-se de examinadores dos centros de Mirandela e Bragança, donos e funcionários de escolas de condução de Bragança, Moncorvo, Vila Real, Braga, Viana do Castelo, Porto, Aveiro e Guarda, e ainda angariadores de interessados em pagar luvas para ter carta de condução. Do grupo, faz parte ainda uma especialista em informática do Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres, de Bragança.

in:jn.pt

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