quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Conselhos raianos debatem em Mirandela e Zamora papel da Escola para fixar gente

O papel da Escola na fixação de população é o tema da terceira edição dos Conselhos Raianos a realizar em Mirandela, no lado português, e em Zamora, em Espanha, promovidos pela associação cívica Rionor, divulgou hoje a organização.


A associação constituída por portugueses e espanhóis nasceu de um movimento de pessoas que querem dar um contributo para a solução dos problemas da zona fronteiriça que abrange o Nordeste Transmontano, nomeadamente através da discussão pública nos Conselhos Raianos.

"A Escola e o Futuro dos Territórios Raianos" é o tema das sessões agendadas para sábado, em Zamora (Espanha) e para 24 de novembro em Mirandela (Portugal), no distrito de Bragança com um apelo da organização à participação que se tem revelado escassa nas edições anteriores.

"Para mim, o que é confrangedor é em zonas mais desfavorecidas a mobilização esbarrar com uma indiferença total", desabafou na apresentação da iniciativa Francisco Alves, presidente da Rionor, que espera a participação dos diferentes agentes das escolas nos Conselhos deste ano.

Nas duas edições anteriores, como lembrou hoje outro membro da associação, António Tiza, tratara, das áreas protegidas e da coesão territorial e conseguiram ser recebidos por representantes dos governos dos dois lados da fronteira.

Algumas das propostas, como a ligação ferroviária entre a raia estão agora também a ser defendidas por autarcas da região.

Com o tema escolhido para os próximos Conselhos, a associação tem como finalidade debater o papel que a escola tem na fixação de jovens nos territórios raianos, como indicaram.

A Rionor associou-se ao Instituto Politécnico de Bragança e ao Centro de Ciência Viva de Bragança e os Conselhos Raianos integram, desde o ano passado, um dos Laboratórios de Participação Pública lançados pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior.

A representante do Politécnico, Anabela Martins, vincou que a instituição está aberta a iniciativas desta natureza e também "a tentar fazer inovação pedagógica e introduzir novos conceitos de aprendizagem".

Também o Centro de Ciência Viva está a trabalhar na temática com a criação de uma escola que, partir de janeiro, vai receber alunos do quarto ano de Bragança, durante uma semana, para encontros com cientistas, aulas ao ar livre, monitorização do rio Fervença, entre outras atividades, como indicou a responsável Ivone Fachada.


Agência Lusa

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