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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Projeto de 550 ME da fase definitiva das minas de Moncorvo chumbado pela APA

 O projeto de execução da fase definitiva de exploração das minas de ferro de Torre de Moncorvo, a cargo da Aethel Mining e com investimento estimado de 550 milhões de euros, foi chumbado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Segundo a informação presente no 'site' da APA, na segunda-feira foi proferida, sobre o Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE) da fase definitiva do projeto sito no distrito de Bragança, uma decisão de "não conformidade” com a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável, que foi emitida em fase anterior.

"Considera-se que o RECAPE apresentado não permite demonstrar o cumprimento das condições da DIA emitida em fase de estudo prévio nem integra informação suficiente que permita avaliar o projeto de execução e a plena minimização dos impactes ambientais que lhe estão associados, pelo que se propõe a emissão de parecer desfavorável", pode ler-se no relatório da Comissão de Avaliação presente no portal da APA.

O investimento inicialmente previsto nas minas rondava os 550 milhões de euros, e as projeções da Aethel, detida por Ricardo Santos Silva e Aba Schubert, referidas no RECAPE, apontavam para um rendimento de oito mil milhões de euros brutos em 60 anos e 143 milhões de euros em exportações anuais, criando até 540 empregos diretos.

Segundo a Comissão de Avaliação, "o Plano de Lavra (projeto) apresentado parece ser uma reedição do projeto submetido na fase anterior, não apresentando o nível de detalhe e de definição correspondentes a um projeto de execução, descrevendo-se apenas situações genéricas e múltiplas opções que poderão vir a ser adotadas".

"Considera-se que o RECAPE não integra informação suficiente detalhada sobre projeto de execução, que permita a avaliação e a minimização dos impactes ambientais que lhe estão associados", prossegue o parecer da comissão.

Segundo a mesma deliberação, "também não foram apresentados vários estudos e elementos previstos, pelo que, no geral, se considera não ter sido demonstrado o cumprimento das condições da DIA emitida em fase de estudo prévio”.

Para a Comissão de Avaliação, "a inadequação da documentação" apresentada no RECAPE submetido pela Aethel Mining "é também evidenciada nos resultados da Consulta Pública realizada e no Parecer Externo recebido".

"Tendo em conta o tempo decorrido desde a submissão do Estudo de Impacte Ambiental (2015), (quase uma década), o que significa que o levantamento da caracterização da situação de referência se encontra desatualizado (...), considera-se que a futura avaliação do projeto de execução reformulado deve ser efetuada através da apresentação de um novo Estudo de Impacte Ambiental [EIA]", defende ainda a Comissão de Avaliação.

O novo EIA, segundo a comissão, deverá ser submetido em duas fases, "uma definitiva para a exploração da corta da Pedrada, instalação e desenvolvimento da lavaria (30 anos) e anexos mineiros afetos a esta corta, e, noutra fase, apresentar um EIA para a exploração das cortas Carvalhosa e Reboredo/Apriscos e respetivos anexos mineiros".

A comissão refere ainda que o promotor, a Aethel Mining, "está em incumprimento da DCAPE [Decisão sobre a Conformidade Ambiental do Projeto de Execução] da fase inicial por não ter sido entregue um conjunto de informações e relatórios previstos", considerando que "não deve ser possível avançar para a fase definitiva sem que estejam resolvidos os incumprimentos associados à fase inicial do projeto".

O projeto, correspondente à exploração faseada, em 60 anos, dos depósitos de Carvalhosa, Pedrada e Reboredo-Apriscos, depois do da Mua já estar em exploração desde 2020, esteve em consulta pública entre 30 de novembro e 22 de dezembro.

Após 37 anos de abandono, a atividade mineira regressou a Moncorvo em março de 2020, com um investimento previsto de 550 milhões de euros, após a assinatura de um contrato de concessão em 2016, então com a empresa MTI, e em novembro de 2019 a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) autorizou o "controlo da mina" de ferro de Torre de Moncorvo pela Aethel Mining.

JE (FYP) // JAP
Lusa/Fim

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