quinta-feira, 9 de maio de 2024

Meu Querido Branquinho… Descansa em Paz que bem mereces

 Meu Querido Branquinho… Descansa em Paz que bem mereces. Homem Bom, Amigo dos Amigos… Simples, Honesto, Modesto… GRANDE!
Um dia, há muitos anos, trabalhava eu e o meu Amigo Max Silva no F.A.O.J., fomos incumbidos de após almoço irmos meter nos correios uma quantidade grande de cartas para as Associações do Distrito. Para o efeito foram-me dadas duas notas de 50 escudos. Dei uma ao Max (era assim que costumávamos fazer pois se um perdesse o pecúlio pelo menos o prejuízo não era total).
Estava um dia ventoso.
Ao irmos para casa almoçar, passámos na Avenida Abade de Baçal onde estavam a ser colocados, por um funcionário da CMB, paralelos nos passeios. Mais ou menos em frente à antiga casa do Engº Barreira ouvimos alguém chamar por nós. Olhámos para trás e era o João.
Trazia uma nota de 50 escudos na mão e disse: - Este dinheiro deve ser de algum de Vocês (não nos conhecíamos na altura) vi a nota voar quando passaram.
A nota era a minha que tinha voado do bolso da camisa.
50 escudos era muito dinheiro. O João era calceteiro. Que jeito lhe teria dado aquele dinheiro… Só que o dinheiro não era dele. Gestos que marcam o percurso de uma vida e de uma maneira de viver. Tinha que o contar agora.
Jamais te esquecerei meu Querido Amigo, humedeceste-me os olhos. Descansa em Paz.
Sentidos Pêsames à sua esposa e filhos.

HM

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