Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")
Talvez, se o meu desassossego fosse mais sossegado eu não andasse por dentro como quem atravessa um campo de espinhos com os pés descalços e os olhos vendados.
Há em mim um redemoinho que dança com o silêncio, mas nunca se cala. Sou casa onde o vento mora, onde as portas batem sem que ninguém as abra.
Talvez, se o meu desassossego fosse mais sossegado eu conseguisse sentar-me à mesa com os meus próprios pensamentos, brindá-los com chá morno e deixá-los partir sem pressa, sem peso, e sem eco. Mas eles chegam, ocupam todos os cantos, penduram-se nas cortinas da alma e fazem das noites tempestades internas.
Talvez, se o meu desassossego fosse mais sossegado eu soubesse colher flores sem medo de me perder no perfume que exalam. Mas há sempre uma urgência que me empurra, como se a vida fosse feita de precipícios disfarçados de caminhos retos.
Ainda assim, vou. Porque mesmo desassossegado, o coração insiste em bater compassos desconhecidos. Talvez um dia, entre um passo e outro, o sossego me olhe nos olhos e sorria.
Há em mim um redemoinho que dança com o silêncio, mas nunca se cala. Sou casa onde o vento mora, onde as portas batem sem que ninguém as abra.
Talvez, se o meu desassossego fosse mais sossegado eu conseguisse sentar-me à mesa com os meus próprios pensamentos, brindá-los com chá morno e deixá-los partir sem pressa, sem peso, e sem eco. Mas eles chegam, ocupam todos os cantos, penduram-se nas cortinas da alma e fazem das noites tempestades internas.
Talvez, se o meu desassossego fosse mais sossegado eu soubesse colher flores sem medo de me perder no perfume que exalam. Mas há sempre uma urgência que me empurra, como se a vida fosse feita de precipícios disfarçados de caminhos retos.
Ainda assim, vou. Porque mesmo desassossegado, o coração insiste em bater compassos desconhecidos. Talvez um dia, entre um passo e outro, o sossego me olhe nos olhos e sorria.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.
Participei nas coletâneas: Poema-me; Poetas de Hoje; Sons de Poetas; A Lagoa e a Poesia; A Lagoa o Mar e Eu; Palavras de Veludo; Apenas Saudade; Um Grito à Pobreza; Contas-me uma História; Retrato de Mim; Eclética I; Eclética II; 5 Sentidos.
Reunir Escritas é Possível: Projeto da Academia de Letras- Infanto-Juvenil de São Bento do Sul, Estado de Santa Catarina.
Livros Editados: O Roseiral dos Sentidos – Suspiros Lunares – Delírios de uma Paixão – Entre Céu e o Mar – Uma Eterna Margarida - Contornos Poéticos - Palavras Cruzadas - Nos Labirintos do Nó.


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