O antigo quartel dos bombeiros voluntários de Macedo de Cavaleiros vai ser posto à venda. A decisão foi tomada em Assembleia da instituição.
A Associação vai dar primazia de compra à Câmara Municipal, mas se a autarquia não quiser comprar, o edifício será colocado a leilão, com uma base de licitação de 200 mil euros.
A dívida dos bombeiros de Macedo de Cavaleiros desceu, mas ainda ronda os 170 mil euros.
A juntar a este problema, os bombeiros somam o parque automóvel: três ambulâncias com motor partido e apenas um carro de doentes no activo.
A venda do antigo quartel não resolve a situação, mas amortece o constrangimento financeiro.
A Assembleia deu luz verde à direcção para a venda do imóvel o que agrada a José Carlos Dias, que agora só espera que seja conseguida a venda.
“Desde Junho que andávamos à espera desta decisão, para poder colmatar as dívidas da associação, mas só após a venda é que podemos distribuir a importância pelos credores aquilo que lhe devemos. Tudo depende se é comprado, ou não, por alguém.”
Mesmo com o quartel por vender, a associação de bombeiros de Macedo tem tentado pagar as dívidas, exemplo disso é a que tinha a um fornecedor de gasóleo. O presidente da associação humanitária lamenta que ainda não tenha sido tirada a penhora.
“Essa dívida está paga. É pena que se mantenham as penhoras. Já deviam ter sido levantadas, não se ainda não foram por questões burocráticas, mas pelo menos a do quartel ainda não está”.As dívidas dos bombeiros têm sido pagas controlando também alguns excessos.
“Pagaram-se com algumas exigências aqui, como o não consumo de combustíveis, o não abuso de pneus e consumíveis, a própria electricidade, água, luz e gás. Temos controlado alguns excessos e vamos controlando as dívidas.”
A Assembleia dos Bombeiros autorizou com 2 votos nulos, 2 brancos, 5 votos contra e 31 votos a favor, a direcção dos bombeiros a vender o antigo quartel. 200 mil euros é a base de licitação.
O antigo quartel dos bombeiros de Macedo de Cavaleiros vale 181 mil euros, segundo uma peritagem do Tribunal da Relação do Porto.
Se estivesse novo, o edifício poderia ser vendido por mais de 300 mil euros. Com 42 anos, a associação humanitária decidiu leiloá-lo por 200 mil.
O documento de avaliação acrescenta que “face à idade e ao uso foi aplicada uma depreciação de 60%”. Novo, o quartel custaria mais de 300 mil euros, mas nas actuais condições, o perito avaliou em 122.700€ o edifício e em 58.300 o solo onde está edificado. A peritagem foi realizada a 13 de Janeiro.
Escrito por Onda Livre (CIR)
in:brigantia.pt
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