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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Multas e burocratas ameaçam mundo rural

O presidente da Câmara de Vinhais alertou a ministra da Agricultura para as coimas e burocracias que ameaçam o mundo rural.
Américo Pereira deu como exemplo a legislação em vigor, que pune com multas de 800 euros os produtores artesanais por tentarem vender os seus produtos.
O edil deixou um apelo a Assunção Cristas para que o Governo simplifique a legislação e facilite a venda directa dos produtos regionais, à semelhança do que acontece em outros países europeus, apesar das imposições de Bruxelas.
O autarca falava durante a Feira do Fumeiro de Vinhais, que terminou anteontem, com um balanço que se assemelha a “uma pedrada na crise”, dado o volume de negócios e a afluência de milhares de pessoas.
Américo Pereira disse à ministra da Agricultura que “os governos têm sido pouco sensíveis àquilo que é verdadeiramente o desenvolvimento rural” e que Portugal “é um país em que a burocracia, apesar de todos os simplex que existem, é cada vez maior e em que cada ministro, cada ministério está sempre refém de um conjunto de burocratas que produz todos os dias legislação, directivas, circulares para complicar”.
O autarca concretizou com um exemplo recente que ocorreu no seu concelho na feira da castanha, em que uma produtora foi multada em 800 euros por estar a vender licor caseiro.
Segundo o autarca, “as autoridades alfandegárias entraram na feira e apreenderam duas garrafas de licor e com isso fizeram fugir muitas das pessoas que estavam na feira porque lhe aplicaram a legislação das bebidas alcoólicas que diz que é obrigatório pagar um série de impostos”.
“Não conseguiram perceber que aquilo era licor caseiro que a senhora tinha em casa e que trouxe para a feira duas garrafas e obrigaram-na a ir embora com todos os outros produtos por causa disto”, disse.
Num concelho a braços com a desertificação humana, como todo o interior, Américo Pereira defendeu que “o país, para estar povoado, precisa que as pessoas trabalhem no mundo rural, desenvolvam os seus produtos” e que as “deixem vender os seus produtos de forma livre em todos os sitos onde estejam os clientes”.
Américo Pereira deu depois exemplos de outros países europeus onde se “vê à venda à beira da estrada queijos, vinho vendido à caneca, azeitonas vendidas em pacotes”.
“Isso é uma coisa completamente impensável em Portugal e, no entanto, eles (os outros países) têm uma economia rural forte, atractiva, e cativam as pessoas”.

“O país, para estar povoado,
precisa que as pessoas
trabalhem no mundo rural”

A ministra da Agricultura observou o dinamismo do mundo rural na Feira do Fumeiro e garantiu ao autarca que o Governo está empenhado em “salvaguardar e proteger” também esta parte artesanal.
“O empenho do Governo será muito grande, cá e em Bruxelas, na medida em que isso for possível e esteja ao nosso alcance e eu creio que hoje a Europa está muito sensível também àquilo que são as especificidades das pequenas explorações, das pequenas empresas”, declarou.
Assunção Cristas realçou, no entanto, a importância dos produtos com qualidade certificada, como são os diferentes exemplares do fumeiro de Vinhais e outros produtos regionais protegidos pela União Europeia com Denominação de Origem Protegida e Indicação geográfica Protegida.
Ao longo do fim-de-semana, várias figuras conhecidas da política nacional visitaram o certame. Para além de Assunção Cristas, também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e o coordenador nacional do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, passaram por Vinhais. No Concurso do Salpicão, Irene Pires, da Gestosa, voltou a ser a grande vencedora, após ter ganho a edição de 2010.

in:jornalnordeste.com

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