terça-feira, 15 de julho de 2014

Obras inéditas de Graça Morais em Bragança

A pintora Graça Morais apresenta obras inéditas na exposição “A Magia da Caça”, apresentada no Centro de Arte Contemporânea com o nome da artista transmontana. 
Os trabalhos expostos levam Graça Morais a recordar a sua infância, que lhe traz memórias da caça. “Tem a ver com a memória feliz da minha infância, quando o meu pai vinha da caça e me oferecia as perdizes, sobretudo uma perdiz. E esse ponto de partida desde 1977 para o universo da caça tem a ver realmente com a minha meninice e com essa lembrança que me deu uma enorme felicidade. 
Depois ao longo da minha vida fui fazendo ciclicamente pinturas e desenhos que têm a ver com a caça, têm a ver com a lebre, com o coelho. Os meus irmãos dois deles são caçadores, eles oferecem-me, eu só pinto esses animais porque me são oferecidos”, realça a pintora.Para mostrar ao público estas telas, Graça Morais passou alguns dias fechada no seu atelier, em Vila Flor. 
Depois de terminar o trabalho, diz mesmo que esta é uma das suas melhores exposições. “As obras de 2010 estavam quase prontas mas eu achava que não estavam resolvidas então estive vários dias no meu atelier em Trás-os-Montes a acabar. É curioso que nesta exposição, que eu considero das melhores exposições que eu fiz cá em Bragança, está-me a encher de grande felicidade, porque é um sentimento de que o que aqui está é o melhor que eu consegui fazer. 
É uma exposição que tem muitas obras inéditas, foram expostas pela primeira vez, algumas foram expostas em Paris há 37 anos, eu guardei-as no atelier e neste momento são de uma actualidade enorme. Elas cresceram com o tempo”, assegura Graça Morais.  
À caça no monte, Graça Morais apresenta nesta mostra os caçadores de troféus, uma tela inspirada no Mundial de Futebol. “As fotografias dos jogadores de futebol são das melhores fotografias que eu conheço, que mostram o homem jovem, toda a sua pujança, com toda a força da sua energia, com as emoções ao rubro e este quadro tem muito a ver com isso, com esses caçadores de troféus, que quando perdem são muitas vezes inferiorizados, menosprezados e são mal tratados”,
O Centro de Arte Contemporânea acolhe ainda a exposição de Arlindo Silva, intitulada “Na Manhã Seguinte”, que passa da fotografia para a pintura diversas situações da sua vivência pessoal.

Escrito por Brigantia

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