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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Manuel de Sá

Jesuíta. Nasceu em Peredo, concelho de Macedo de Cavaleiros, a 22 de Março de 1658 e faleceu em Lisboa, no colégio de Santo Antão, a 22 de Abril de 1728; era filho de António Cabral de Mesquita, capitão-mor de Alfândega da Fé, e de D. Úrsula Dinis. Estudou no colégio da Companhia de Jesus em Braga, onde foi recebido aos dezassete anos de idade. Entrou no noviciado de Coimbra a 13 de Fevereiro de 1675 e terminou-o em Lisboa a 14 de Fevereiro de 1677.
Tomou ordens menores em Évora neste último ano e na Universidade desta cidade aprendeu humanidades, nas quais, e em filosofia, fez grande progresso. Antes de concluir o seu curso pediu e o enviaram à Índia, para onde partiu de Lisboa a 2 de Abril de 1680, em companhia de dezanove outros missionários da sua religião. Terminou em Goa os seus estudos e logo ensinou retórica, e depois de professar o quarto voto a 15 de Agosto de 1693 e ler três anos filosofia e oito teologia, foi nomeado superior da casa professa de Goa, que regeu com proficiência.
Em 1709 o rei de Portugal nomeou-o patriarca de Etiópia, para onde, por proibição do imperador da Abissínia, não chegou a ir, do que resultou descuidar-se em pedir as bulas da consagração. Empregaram-no nas missões da Índia portuguesa e nas de Sunda,Malaca, Batávia e Ceilão; foi hábil político e, por incumbência dos vice-reis da Índia, desempenhou várias comissões de alta importância.
Em 1720 foi nomeado membro da «Academia Real de História Portuguesa» logo que esta se erigiu, à qual enviou memórias históricas da China, que ainda não foram publicadas.
Foi durante vinte e oito anos deputado da Inquisição de Goa e serviu muitas vezes de inquiridor. Acompanhou o vice-rei conde de Alvor na guerra contra o famoso Sevagi, na qual foi ferido; e voltou segunda vez a Portugal em 1722. «Em 1724 mandou-o El-Rei recolher ao reino, com o fundamento obscuro de que o seu procedimento era muito prejudicial ao socego publico».
Era douto teólogo, excelente filósofo e versadíssimo em todo o género de erudição. Ficaram dele um tomo de sermões sobre diversas matérias, que são outras tantas peças de pura elegância, e diferentes outras obras. Sousa, Elogio do padre Sá, pronunciado na Academia de Lisboa.

Escreveu:
Sermões vários – Pregados na Índia a diversos assuntos, e oferecidos no primeiro sermão ao Ex.mo Sr. Caetano de Melo e Castro, vice-rei e capitão geral da Índia. Lisboa, 1710. 4.º de VIII-369 págs. «Contem esta collecção quinze sermões, panegiricos e de mysterios, os quaes, se não me engano, podem por sua disposição e linguagem ser contados entre os melhores daquelle tempo».
Carta que em nome de S. Francisco Xavier mandaram os padres da Companhia a el-rei D. João V. Contém o parecer que o marquês de Abrantes dera, de que se vendesse a Índia aos holandeses. É carta política, manuscrita, existente na Biblioteca de Évora.
Começa assim: «Escrevo do outro mundo aos que ainda vivem na terra», etc.
Relação da expedição contra o Angara.
História do memorável cerco de Mombaça, editada em 1723.

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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