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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Museu da Memória Rural abriu mais dois novos espaços museológicos

O Museu da Memória Rural, uma estrutura museológica do concelho de Carrazeda de Ansiães, abriu este fim-de-semana mas dois novos espaço museológicos, reforçando os motivos de atratividade que este projeto cultural tem vindo a criar no concelho duriense.
O Núcleo Museológico da Telha, ou Telheira de Luzelos, situado na aldeia do mesmo nome, é o novo núcleo territorial do Museu da Memória Rural. A unidade foi ontem inaugurada pelo presidente da autarquia, José Luis Correia, e passou também desde ontem a integrar os roteiros turísticos do território concelhio. 
O projeto é uma aposta ganha pelo atual autarca José Luis Correia que durante o seu mandato investiu num processo de musealização territorial que só no ano de 2016 atraiu ao concelho mais de 6.000 visitantes. “É um projeto que deve ser continuado, porque ele valoriza o nosso concelho e as nossas pessoas”, salientou o autarca, reforçando a ideia de que a cultura poderá ser um processo para o desenvolvimento local e um fator de sustentabilidade. 


Na cerimónia de inauguração do Núcleo Museológico da Telha, o autarca fez questão de salientar que a iniciativa de musealizar este espaço constitui uma sentida homenagem aos antigos artesãos, aos homens e às mulheres que durante muitos anos foram os principais protagonistas de um trabalho que se caraterizava pelo esforço e pela aspereza com que do barro eram feitas as telhas de meia-cana que depois iam cobrir as casas das aldeias e das vilas que se implantavam à volta das encostas do rio Douro e do rio Tua.
Abertura da nova sala da lã na sede do Museu
 da Memória Rural, Vilarinho da Castanheira

Na primeira metade do séc. XX , a zona situada entre a aldeia de Luzelos e as portas da vila de Carrazeda de Ansiães chegou a concentrar sete unidades artesanais de fabrico de telha tradicional. Foi uma atividade que marcou a história do trabalho destas duas localidades, ficando a memória desse passado agora imortalizada no projeto de musealização de uma das telheiras que conseguiu sobreviver ao processo de abandono dessa atividade que ocorreu com o desenvolvimento tecnológico das últimas cinco décadas.

A Sala da Lã do edifício sede do museu foi outro dos espaço inaugurados ontem, domingo. A nova sala expõe e explica aos visitantes todo o ciclo de produção de lã e a forma como eram feitos os agasalhos das pessoas de outrora. O discurso muesográfico aqui patente arranca com a tosquia das ovelhas e termina na tecelagem. Pelo meio fica-se com a noção de um trabalhoso e demorado processo de transformação que termina numa manta ou numas meias feitas à moda antiga. Também neste setor o concelho de Carrazeda de Ansiães foi um importante centro de produção de mantas tradicionais, sendo uma das últimas guardiãs dessas técnicas a D. Prazeres, uma antiga tecelã de 87 anos de idade cujo saber constituiu a base do conhecimento para os técnicos de museologia fazerem a recriação desse passado e a constituição das mensagens museológicas patentes neste novo espaço do Museu da Memória Rural. 

A coroar a abertura desta duas novas valências de visitação, foi ainda lançado o novo sitio web do MUSEU, em que a grande novidade consiste numa “robusta” base de dados desenvolvida a partir de um sistema de informação geográfica com o objetivo principal de recolher e de arquivar as diferentes manifestações da cultura imaterial e da memória histórica do concelho e da região envolvente, recolhas essas que no futuro se deverão constituir como o principal espólio do museu. 


D. Prazeres, a anciã que esteve na base da transmissão
do conhecimento e das técnicas ancestrais
Em articulação com o novo site foi também lançada a primeira edição do catálogo do museu, uma publicação da autoria de Isabel Justo Lopes e Luis Pereira e com fotografias de Leonel de Castro. Este novo catálogo expõe de forma particularmente visual aspetos relacionados com alguns ofícios tradicionais e variadas temáticas da cultura rural do concelho de Carrazeda de Ansiães que são objeto de um tratamento expositivo no Museu da Memória Rural.

in:noticiasdonordeste.pt

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