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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Pasto, hortícolas e frutas mais afetados por seca, a seguir será vinha e olival

Todas as culturas estão já afetadas pela seca, principalmente pastagens, hortícolas e frutas sazonais, e, se não chover dentro de um mês, será também a vinha e o olival, defendeu a Confederação Nacional da Agricultura.
"Estão já afetadas todas as culturas, especialmente as de primavera-verão, mas também as permanentes, como a fruta", disse hoje à agência Lusa João Dinis da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), e referiu que o interior é mais atingido, exemplificando com as dificuldades sentidas no distrito de Bragança.

Alertou que, "se continuar assim", sem chuva, "mais um mês e a seca vai atingir também a vinha e o olival, apesar de atualmente estarem promissores".

Quase no final de julho, o retrato que a CNA faz da situação de seca severa no território nacional, já reconhecida pelo Governo através de um despacho hoje publicado, reflete os problemas dos pastos e pastagens, que registam uma quebra de 80% relativamente ao "normal" para esta altura, produtos hortícolas criados ao ar livre e frutas sazonais, cuja produção pode descer para metade.

Sem água, a fruta não cresce ficando aquém do calibre exigido, portanto as perdas incluem o que ficou seco, mas também o que sobreviveu mas sem as características de qualidade ou dimensão exigidas.

Quanto às culturas de primavera-verão, como os cereais de sequeiro, "começam a ser mais palha que grão", relata João Dinis.

O especialista salienta que, mesmo nas zonas irrigadas, "a situação complica-se" porque é precisa mais água, o que aumenta os custos de produção, com a exigência de mais gastos de energia e mais trabalho, a que acresce "o baixo preço pago à produção", por exemplo nos hortícolas, como a batata, caso que classifica como "desastre".

O representante da CNA voltou a alertar para a necessidade de medidas mais eficazes para apoiar a agricultura e a defender que o Governo devia começar a preparar uma candidatura ao Fundo Europeu de Solidariedade para obter ajuda para o setor, atingido pela seca, como fez para enfrentar os efeitos dos grandes incêndios de junho.

O diploma hoje publicado em Diário da República, assinado na terça-feira e com efeitos a 30 de junho, refere que se denota "já nas atividades agrícolas que suportam a alimentação animal, culturas forrageiras e pastagens, quebras de produtividade relevantes, pelo que, em muitas situações, se antecipa o consumo das reservas existentes destinadas ao período estival ou mesmo o desvio para pastoreio de áreas de cereais para grão".

E destaca os prejuízos registados nos cereais para grão, traduzidos numa quebra de qualidade e de rendimento, lembrando que a falta de água para rega levou à redução de áreas semeadas nas culturas de arroz, milho para grão, tomate para indústria, melão e batata.

Este passo agora dado pelo Governo inicia procedimentos para a disponibilização de compensações aos agricultores.

Os últimos dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) referem que, no final de junho, cerca de 80% de Portugal continental estava em seca severa (72,3%) e extrema (7,3%).

Segundo o índice meteorológico de seca (que tem em conta os dados da quantidade de precipitação, temperatura do ar e capacidade de água disponível no solo), a 30 de junho mantinha-se a situação de seca meteorológica em quase todo o continente, verificando-se, em relação a 31 de maio, um agravamento da sua intensidade.

EA (VP/ROC/DD)// ATR
Lusa/fim

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