Com a reestruturação da Direcção Geral da Cultura, colocava-se a hipótese de passarem para a alçada dos municípios. Depois da consulta pública e da contestação de várias entidades, ficou decidido que continuam a ser geridos pelo Estado.
O director do Museu Abade Baçal, Jorge da Costa, considera que foi feita justiça. “Eu penso que se fez justiça, porque o museu sempre esteve ligado à tutela do Estado e, felizmente, ele vai continuar nessa mesma senda. Agora faz parte da Museus e Monumentos de Portugal, porque é o grande museu da região, não tenho a menor dúvida, e portanto seria uma despromoção deste equipamento e da Domus Municipalis, mas tudo acabou por ficar no lugar certo”, frisou.
Para a directora do Museu Terra de Miranda, Celina Pinto, esta foi também a melhor decisão, uma vez que a gestão continuar a ser feita pelo Estado só traz benefícios para o equipamento. “É beneficioso e proveitoso toda esta sinergia que se cria ao serem 38 equipamentos que trabalham em articulação. Enquanto que o museu ao ser municipalizado, a instituição fica a trabalhar sozinha e na área da museologia é muito proveitoso ouvir os pares, trabalhar em conjunto, articular formas de trabalho, de investigação e não faz sentido estar a dividir equipamentos de Lisboa do resto do país”, defendeu.
Na altura, os autarcas também se manifestaram contra esta alteração. Agora Helena Barril, presidente da Miranda, mostra-se satisfeita por não terem atribuído a gestão ao município. “Pelas competências das câmaras municipais não passa, pelo menos na nossa óptica, a gestão do Museu da Terra de Miranda”, vincou.
Até aqui, os museus e monumentos eram geridos pela Direcção-Geral da Cultural, que desde 1 de Janeiro se dividiu em duas entidades, a Museus e Monumentos de Portugal, com sede em Lisboa, e o Instituto Público Património Cultural, com sede no Porto.
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