Restaurantes lotados, hotéis quase com ocupação máxima, ruas com uma azáfama pouco habitual e… uma concentração fora do comum de armas – e animais – de caça por metro quadrado. Por estes dias, mais propriamente de 25 (quinta-feira) a 28 (domingo) próximos, eis um cenário de normalidade para os lados de Macedo de Cavaleiros. Ou não estivéssemos perante aquele que é, por muitos considerado, o maior evento cinegético (de caça maior) do País. Que espera atrair cerca de 15 mil visitantes ao concelho.
A XXVI Feira da Caça e Turismo macedense, que decorre de mão dada com a XXVIII Festa dos Caçadores do Norte e ocupa o Parque Municipal de Exposições durante quatro dias, é organizada pela Federação de Associações de Caçadores da 1.ª Região Cinegética e conta com o apoio do Município de Macedo de Cavaleiros.
O acontecimento reflete a importância do setor da caça e da fileira turística para o território e para a região envolvente, e isso percebe-se pela dinâmica das mais de 40 iniciativas programadas. O cartaz é diversificadíssimo (ver em anexo).
Montarias ao javali, espetáculos equestres e de falcoaria, corridas de galgos, provas de beleza de cães e de aves de rapina de caça, competição de caça com perdigueiro, leilão de javalis, rota gastronómica do javali, showcookings, caminhadas por rotas pedestres e trilhos da região, raide turístico, trial de todo-o-terreno, animação cultural variada, workshops (sobre sustentabilidade na gestão cinegética e sobre porte de arma) enfim, de tudo um pouco é composto o certame. Que receberá inclusivamente julgamentos venatórios, ou seja, rituais que seguem os mais tradicionais costumes de julgar e penalizar publicamente os caçadores que não conseguirem matar uma única peça de caça…
A Feira acolherá ainda o IV Seminário Internacional de Turismo, subordinado desta feita aos desafios e oportunidades do turismo cinegético, com diversos especialistas na matéria.
Por falar em internacionalização, esta genuína festa cinegética terá a decorrer o XVII Prémio Ibérico da Prova de Santo Huberto (caça com perdigueiro) e, igualmente, a XV Copa Ibérica de Cetraria (caça com falcões ou açores) – VI Troféu Interpaíses. E costuma atrair, aliás, muitos visitantes estrangeiros, sobretudo da vizinha Espanha.
No recinto da feira, localizado no Parque Municipal de Exposições, será possível visitar inúmeros stands de promoção turística, de venda de produtos regionais, artesanato e, obviamente, ligados ao setor cinegético. Vários restaurantes do concelho preparar-se-ão a preceito para exprimir a arte de bem receber de Macedo de Cavaleiros, que tem a decorrer simultaneamente a Rota do Javali, no âmbito dos fins-de-semana gastronómicos da municipalidade, que se prolongam por fevereiro (com o Festival do Grelo) e março (com o Cabrito à Mesa).
“O turismo é uma das atividades mais relevantes para o desenvolvimento económico do nosso concelho e uma das prioridades da autarquia, pois permite gerar riqueza para Macedo de Cavaleiros. Temos conseguido integrar aquele que é o nosso património natural com aquelas que são as nossas tradições, usos e costumes, juntamente com a nossa raiz mais campestre. E, desde a pandemia, têm crescido exponencialmente os indicadores que espelham a atratividade das terras de Cavaleiros”, sublinha Benjamim Rodrigues, presidente da Câmara Municipal.
O autarca vê na Feira da Caça e Turismo um dos momentos maiores para “espelhar a essência do município” e, assim, dinamizar a economia local e regional, pois que o evento deslocaliza algumas das suas iniciativas integrantes por várias freguesias.
Macedo, Terra de Cavaleiros, mas também da caça e do turismo por estes dias.
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