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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

A única sílaba da vida...

Por: Paula Freire
(colaboradora do Memórias...e outras coisas...)


Para ti, que nunca alcançaste o soberbo olhar da mais profunda e única sílaba da vida, digo-te que aprendas. Porque vale a pena e serás, talvez, mais feliz. Que um mundo de poesia é apenas isto. 
Fazer dos gestos uma paixão com ardor, fazer da arte que em nós vive, o sentimento maior.
No íntimo, e ainda à flor da pele, a certeza dos caminhos que trilhamos sem a mentira de mostrar alegrias em todos os instantes e horas. De não querer nada em grande, nem de mil fingimentos para anestesiar os vazios da solidão e do que vem. Mas morar em dias simples e leves e cheios daquilo que nos faz tão bem. 
Ter em si a diferença especial de quem nos traz ao colo e nos mostra o brilho da luz, com o carinho genuíno que seduz.
Um mundo de poesia é sempre cá dentro. No embalo do coração e do silêncio, onde pertence a visão mais clara do muito que tão poucos vêem. 
Abrir a janela do peito e permitir a respiração que nos torna capazes de dizer não à palavra oca e ao sentimento vão. E entre as escolhas de um amor tão raro, o nosso, aprender a conjugar o verbo “doar-se” por inteiro e sem pressa, aos braços de quem parte e de quem nos regressa.
O eterno espaço que nos habita em abraços demorados, as manhãs e o anoitecer que são o chão da nossa estória. As voltas certas das palavras que o tempo cantou e não apagou da memória. 
Esta é a mais profunda e única sílaba da vida. Compreende-a. 
Que um mundo de poesia é a nossa sagrada paisagem interior, com tudo o que nos vale a pena. Que este mundo, só verdadeiramente o entende e sente… aquele que não tem a alma pequena.

Paula Freire
- Natural de Lourenço Marques, Moçambique, reside atualmente em Vila Nova de Gaia, Portugal.
Com formação académica em Psicologia e especialização em Psicoterapia, dedicou vários anos do seu percurso profissional à formação de adultos, nas áreas do Desenvolvimento Pessoal e do Autoconhecimento, bem como à prática de clínica privada.
Filha de gentes e terras alentejanas por parte materna e com o coração em Trás-os-Montes pelo elo matrimonial, desde muito cedo desenvolveu o gosto pela leitura e pela escrita, onde se descobre nas vivências sugeridas pelos olhares daqueles com quem se cruza nos caminhos da vida, e onde se arrisca a descobrir mistérios escondidos e silenciosas confissões. Um manancial de emoções e sentimentos tão humanos, que lhe foram permitindo colaborar em meios de comunicação da imprensa local com publicações de textos, crónicas e poesias.
O desenho foi sempre outra das suas paixões, sendo autora das imagens de capa de duas obras lançadas pela Editora Imagem e Publicações em 2021: Cultura sem Fronteiras (coletânea de literatura e artes) e Nunca é Tarde (poesia).
Prefaciadora do romance Amor Pecador, de Tchiza (Mar Morto Editora, Angola, 2021) e da obra poética Pedaços de Mim, de Reis Silva (Editora Imagem e Publicações, 2021).
Autora do livro de poesia Lírio: Flor-de-Lis (Editora Imagem e Publicações, 2022).
Em setembro de 2022, a convite da Casa da Beira Alta, realizou, na cidade do Porto, uma exposição de fotografia sob o título: "Um Outono no Feminino: de Amor e de Ser Mulher".
Atualmente, é colaboradora regular do blogue "Memórias... e outras coisas..."- Bragança e da Revista Vicejar (Brasil).
Há alguns anos, descobriu-se no seu amor pela arte da fotografia onde, de forma autodidata, aprecia retratar, em particular, a beleza feminina e a dimensão artística dos elementos da natureza, sendo administradora da página de poesia e fotografia, Flor De Lyz.

2 comentários:

  1. Mensagem de uma sensibilidade de sentimentos única 🌹
    Parabéns Paula Freite, desta tua amiga que te admira muito 😘
    Amelia Castro

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    Respostas
    1. Obrigada, Amélia, pelas tuas palavras e consideração.
      Uma amizade que é recíproca.

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