Semanalmente, a solidão quebra-se com a visita de membros da delegação, que preparam actividades para que os participantes se sintam úteis.
Na semana passada, em Castrelos, os idosos da aldeia preparam um espectáculo para apresentar à população, celebrando também a passagem de duas estagiárias do IPB pelo projecto, que agora se despedem. Sair de casa, ter companhia e estar ocupado não tem preço.
“Sou viúva, vivo sozinha e então achei que esta participação nos fazia muito bem, ajuda-nos a passar o tempo e gostamos muito delas, são impecáveis, muito simpáticas”, disse uma das participantes.
Tânia Ramalho é educadora social na delegação de Bragança e diz que há cada vez mais idosos a participar. Disse que os tenta levar para as actividades mas a vontade de irem também é grande porque a solidão é cada vez maior nas aldeias. “Há cada vez mais, noto isso, principalmente nestas aldeias. Tento juntá-los nestes convívios e animá-los e cada vez vêm mais. Vêm pessoas ter connosco para falar. Acaba-se com a solidão e com muita da depressão que existe”, vincou.
Maria Monteiro é uma das estagiárias do Instituto Politécnico de Bragança. É aluna do último ano da licenciatura em Educação Social e conta que, ao longo destes meses, muito foi feito com estas pessoas. “Fomos fazendo exercício físico, pinturas, lembranças, jogos tradicionais. Para nós é muito enriquecedor”, frisou.
Maria Gonçalves é a outra estagiária que participou neste projecto de combate à solidão nas aldeias e não podia estar mais agrada com o que recebeu por parte das pessoas com quem trabalhou. “É bom fazermos parte deles. Quando cá chegamos eles acolhem-nos como se fizéssemos mesmo parte da família deles. Vêm sempre com um sorriso”, destacou.
Neste momento, a delegação de Bragança da Cruz Vermelha Portuguesa desenvolve actividades com os mais velhos em oito aldeias do concelho de Bragança.
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