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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Atraso da nova residência condiciona atribuição de apoio financeiro para alojamento a alunos da EsACT

 O atraso da conclusão das obras de requalificação do antigo Hotel “Mira Tua”, que vai ser transformado em residência para estudantes da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo (EsACT/IPB) de Mirandela está a deixar centenas de alunos e respetivas famílias com as “vidas suspensas”, porque ainda não sabem onde vão ficar a residir.


Até ao ano letivo anterior, como não havia residências da escola, muitos alunos bolseiros tinham direito a apoio financeiro para alojamento disponível no mercado de arrendamento, mas agora, em caso de vaga na nova residência, só continuam com o apoio financeiro se aceitarem ficar no novo equipamento.

O problema é que ainda não sabem quando vai abrir portas a nova residência e até isso acontecer têm de procurar uma solução que, em muitos casos, passa por fazer pré-reserva de arrendamento, mas receiam não poder cumprir porque podem ter de abandonar as casas a qualquer altura.

As agências imobiliárias solicitam uma definição “mais célere” na decisão de quem vai ter direito a apoio financeiro para alojamento.

Foram vários os estudantes e familiares que fizeram chegar à nossa redação a sua preocupação, mas ninguém se mostrou disponível para gravar declarações.

Também as agências imobiliárias têm vindo a constatar a enorme ansiedade de alunos e pais.

Joana Gonçalves, da Imobiliária Mirandelense, revela que só na sua agência, há perto de duas centenas de alunos que não sabem o que fazer perante esta situação. “Querem renovar os contratos, em setembro, para garantirem os seus quartos e as suas casas, como todos os anos, mas o que me é dito em relação ao alojamento é que pode sair a qualquer altura. O que quer dizer é que vão iniciar um contrato em setembro e podem chegar a janeiro ou a fevereiro e dizer-nos que vai sair do quarto”, diz.

Perante isto, “olhando para o nosso lado, põe-nos numa situação muito delicada, porque nós temos contratos específicos com estudantes de 10 a 11 meses, que se regem pela lei geral, que têm cumprir um terço do contrato mais os 60 dias, mas pode acontecer que um estudante chegue ao mês de dezembro e dizer-me que vai rescindir o contrato porque teve bolsa, porque também tenho que me justificar perante o senhorio e dizer-lhe que não vai ter rendas de janeiro a julho”, adianta.

Joana Gonçalves diz compreender a angústia dos alunos e dos seus familiares, mas admite que a situação também é incómoda para os senhorios. “Entendo a dificuldade dos estudantes e dos pais que, se negarem o alojamento, perdem a bolsa, mas não os consigo salvaguardar contratualmente, porque não posso estar a escrever no contrato, se o estudante, neste caso, o contratante, tiver bolsa, fica sem a necessidade de um pré-aviso. Não posso escrever isso, porque também tenho que salvaguardar quem trabalho, os senhorios”, acrescenta.

A agente imobiliária revela o que tem sido dito aos alunos por parte da escola. “O apoio pode sair em outubro, novembro, dezembro, fevereiro, pode-lhes sair a qualquer altura o alojamento e têm que o aceitar, porque senão perdem, ou seja, aceitam o alojamento e vão ter que continuar a pagar uma renda”, explica. Mas essa renda, até à data, “Eles pagam-nos a renda, é-lhes emitido um recibo que colocam numa plataforma e depois é-lhes dado grande parte desse valor”, revela.

Joana Gonçalves diz que esta instabilidade está a causar enorme ansiedade. “Tenho vários pais a ligar-me, porque não sabem como fazer e como vão resolver isto”. A agente imobiliária considera que a solução passaria por uma decisão mais célere dos timings de resposta aos alunos na atribuição dos apoios ao alojamento.

ESACT DIZ QUE ESTÁ A CUMPRIR O REGULAMENTO

Confrontada com esta situação, a administradora dos serviços de Ação Social do IPB confirma que os alunos bolseiros que tenham direito a apoio financeiro para alojamento e que venham a ter vaga na nova residência só mantêm essa ajuda caso aceitem ficar no novo equipamento.

“Os alunos bolseiros que tenham pedido alojamento e que não tenham lugar em residência têm direito a um complemento de alojamento desde que tenham contrato e que comprovem a despesa”, adianta Anabela Rolo. No entanto, “só têm direito ao complemento de alojamento, porque não têm, a esta data, lugar em residência, porque ela ainda não está aberta ao público, ainda não está concluída”, acrescenta.

Posto isto, “a partir do momento em que tivermos a residência, vou ter que ir a cada uma das candidaturas e dizer que neste momento há lugar em residência, tem direito a um quarto, aceita ou não. Se ele aceitar, vai para o quarto e continua a ter o complemento de alojamento que lhe é devido do valor do quarto. Se ele não aceitar, vai perder o direito ao complemento de alojamento que tem fora, porque já tem uma vaga na residência”, refere Anabela Rolo, sublinhando que “são as regras do regulamento”.

Mal se conheça a data de abertura da nova residência, adianta que os alunos serão notificados com cerca de um mês de antecedência para poderem resolver a sua vida.

Ora, o presidente do IPB deixa a indicação que a residência “deverá ficar pronta no mês de outubro. E, portanto, o que diz a lei é que nós não podemos atribuir nenhum subsídio enquanto não estiverem esgotadas as vagas novas na residência”, afirma Orlando Rodrigues.

Recorde-se que para além desta residência que resulta da requalificação do antigo hotel, que terá capacidade para 62 camas, o IPB está ainda a construir uma outra residência, no campus da EsACT, num terreno cedido pelo Município de Mirandela, que terá capacidade para mais 120 camas, e que deverá estar pronta no início do ano letivo 2026/2027.

O custo das duas residências será superior a cinco milhões de euros cujo investimento é financiado pelo PRR (Plano de Recuperação e Resiliência).

INFORMAÇÃO CIR (Escrito por Rádio Terra Quente)

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