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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Miranda do Douro: Famidouro precisa de uma reinvenção

 Em Miranda do Douro, a Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades, que decorreu de 15 a 24 de agosto, mostrou que o certame continua a despertar o interesse do público, mas segundo a organização e os artesãos há a necessidade de uma reinvenção para oferecer novos artigos ao público e para que o espaço tenha melhores condições.


A artesã, Sofia Ortega, foi uma das participantes na XXVII Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades, que decorreu na Avenida Aranda del Duero, na cidade de Miranda do Douro. Questionado sobre o atual momento do artesanato, a autora da marca de lembranças, em língua mirandesa, “Pitica de Dius” referiu que também esta atividade precisa adaptar-se aos gostos e interesses do público.

“A atividade do artesanato requer uma permanente atualização e reinvenção de novas peças que aumentem a variedade e despertem o interesse de mais público. É importante fazer coisas novas. No caso da marca ‘Pitica de Dius’ as mais recentes novidades são os porta-chaves alusivos às aldeias onde ainda se fala mirandês, nos concelhos de Miranda do Douro e Vimioso”, disse.


Para além dos porta-chaves, a artesã, Sofia Ortega, também faz t-shirts, bonés, sacolas, jogos didáticos e vários outros artigos, com palavras, ditos e provérbios em língua mirandesa.

Por sua vez, o artesão de madeira, Sérgio Pires, que trabalha madeiras do planalto mirandês como a azinheira, nogueira, freixo, amendoeira, oliveira e outras, produz peças como mesas, cadeiras, tábuas de mesa, tábuas de cozinha, talhos ou mochos, espelhos, relógios entre outras peças e móveis.

“A Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades tem vindo a perder protagonismo e há uma redução do número de artesãos nos últimos anos. Nesta feira, o público que nos visita, emigrantes e espanhóis, procuram peças de artesanato mais utilitárias, como tábuas de cozinha e os talhos”, disse.

Na opinião do artesão da Madeir’artes, Sérgio Pires, a criação de melhores condições físicas da Famidouro, como a criação de sombras na avenida, stands mais frescos e cómodos, vaporização de água do espaço nos dias de maior calor e o corte do trânsito automóvel na avenida, a partir das 17h30 poderiam beneficiar o certame.


O dirigente da Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD), Emanuel Soares e também empresário no setor da restauração, reconheceu que o certame precisa de reinventar-se para acompanhar as atuais preferências dos público.

“No mês de agosto, a Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades tem muito potencial para continuar a ser uma atração da cidade de Miranda do Douro. No entanto, constatamos que o certame, de ano para ano, não pode ser uma mera repetição. Há que trazer novidades à feira, seja na organização, seja os artesãos e outros expositores, pois têm a responsabilidade de apresentar novos artigos e produtos que despertem o interesse do público”, disse.

O dirigente da ACIMD indicou ainda que o orçamento para a organização da Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades é de cerca de 37 mil euros, sendo que 25 mil euros são um apoio do município de Miranda do Douro.

“Este orçamento é escasso para fazer face às despesas do aluguer e montagem dos stands, eletricidade, som, animação cultural, musical e os concertos. Por isso, no próximo ano vamos solicitar ao município um maior apoio financeiro, de modo a entregar a organização do certame a uma empresa. Outra medida que estamos a ponderar é oferecer o stand a quem tiver carta de artesão”, adiantou.

Outra das pretensões da ACIMD é estender o certame até ao Jardim dos Frades Trinos, convidando o comércio local e os restaurantes e bares a aderirem à iniciativa.

“A ideia é trazer a restauração e as bebidas para as esplanadas das ruas da zona histórica e alargar a abertura do comércio até às 24h00 pois nos dias de maior calor é à noite que os visitantes passeiam pela cidade”, indicou.

A Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades é uma iniciativa anual da Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD), que conta com os apoios do município e da freguesia de Miranda do Douro. O certame é organizado desde 1998 e tem como propósito impulsionar a atividade económica dos seus associados.

HA

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