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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

População queixa-se que Pepim virou um “rio fantasma” em Aveleda

 Parte da população de Aveleda, no concelho de Bragança, juntou-se no passado domingo, 10, como forma de protesto contra o assoreamento do rio Pepim, que atravessa aquela localidade, do concelho de Bragança, onde há vários anos se reivindica uma intervenção para salvar o curso de água. “No leito seco e sufocado do Rio Pepim, na localidade de Aveleda, juntaram-se mais de cem pessoas. Homens, mulheres e crianças que, em pleno coração do Parque Natural de Montesinho, vieram mostrar ao país a sua indignação, a sua tristeza e a sua revolta. Vieram para testemunhar o luto de um rio que já foi fonte de vida e de orgulho e que é hoje um “Rio Fantasma”, onde a pouca água que ainda corre se perde sob milhões de toneladas de areia”, explicou Mário Gomes, presidente da União das Freguesias de Aveleda e Rio de Onor.


O problema não é novo. Há 16 anos que as areias das antigas minas de volfrâmio de Portelo começaram a invadir o leito do Rio Pepim. “Desde então, nada foi feito para travar de forma definitiva este crime ambiental. Pelo contrário, ano após ano, as chuvas arrastam mais resíduos, aumentando o assoreamento e matando lentamente o rio. Hoje, mais de 14 Km de leito estão hoje completamente assoreados”, indicou o autarca que considera as consequências “devastadoras”. “Ambientalmente, perdeu-se habitat natural, extinguiram-se espécies, cortou-se a circulação da água e destruiu-se a biodiversidade. Socialmente, afetou a agricultura, a pesca e até o turismo, que dependiam de um rio limpo e vivo. Culturalmente, tirou-se às nossas gentes um elemento central da sua identidade e memória coletiva”, acrescenta Mário Gomes.

O autarca destaca que se está a falar de um riacho escondido nos confins do país. “O Rio Pepim atravessa uma área protegida de elevado valor ecológico, o parque Natural de Montesinho. Isto significa que a inação dos sucessivos governos não foi apenas negligência, mas sim, incumprimento das suas obrigações legais e morais de salvaguardar o património natural”, afirmou.

A atual situação deve-se à “sucessão de promessas por cumprir, de intervenções paliativas que nada resolvem, e de silêncios cúmplices que nos revoltam”.

Glória Lopes

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