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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Arte & Ofício

A banda Arte & Ofício surgiu em 1976 , no Porto, quando o baixista Sérgio Castro e o vocalista António Garcez, dois antigos elementos dos Psico, decidem formar um grupo de Rock. A este núcleo inicial juntam-se Álvaro Azevedo (ex-Pop Five Music Inc.), na bateria e os guitarristas Fernando Nascimento e Serginho. Este grupo de veteranos, todos com larga experiência na música pop portuguesa pretende fazer dos Arte & Ofício um grupo profissional .
O seu som caracteriza-se por uma mistura de Hard Rock com Jazz Rock, na linha de uns Gentle Giant, mas com estéticas originais. O seu primeiro trabalho é um single com "Festival" e "Let Yourself Be", a que se seguirá outro single com "The Little Story Of Little Jimmy" e "Quibble". Nestes dois trabalhos é notório o profissionalismo da banda e, sobretudo, descobre-se um verdadeiro performer em Garcez.
No ano do lançamento dos singles fazem a primeira parte dos alemães Can , no Pavilhão dos Desportos de Lisboa e conseguem ofuscar a famosa banda teutónica. A revista "Música & Som" titulará mesmo "Arte & Ofício - O êxito dos Can". Bastante solicitada para espectáculos, a banda dá um magnífico concerto na cidade da Guarda no dia 8 de Abril de 1978, no Baile de Finalistas, com a primeira parte a pertencer ao Spartaks, a jogar em casa. Nesse mesmo ano sai o máxi-single "Come Hear The Band" e "O Cacarejo da Galinha", onde a banda revela todas as suas potencialidades. O tema com o título em português é totalmente experimental e o tema-título é um vigoroso Rock, ao qual os portugueses não estavam habituados, vindo de bandas portuguesas.
Em 1979 é editado "Faces", o seu primeiro trabalho de longa duração, com duas faces bem distintas: uma face Rock e uma face Jazz Rock. Este disco conta com a participação de António Pinho Vargas, hoje reputado músico de Jazz, que fará parte do line up da banda durante algum tempo. O grupo inicia uma tournée nacional em Teatros , com o apoio de uma marca de "jeans" e que chega à Guarda no dia 7 de Julho de 1979. O velhinho Cine-Teatro da Guarda ,com lotação esgotada, aplaudiu o grupo de Sérgio Castro. Garcez confirma-se como um verdadeiro "animal de palco" e o som da banda está cada vez melhor.
Quando se pensava que a banda estava para durar sofre um rude golpe com as saídas de Serginho e Garcez (este último para formar os Roxigénio). Nada, porém, estava perdido. A banda recruta André Sarbib e grava "Marijuana", um grande sucesso nos seus espectáculos ao vivo, e que lhe permite fazer as primeiras partes de Joe Jackson em vários países do Sul da Europa.
O "boom" do Rock português, com várias bandas a cantar na língua de Camões, é que foi fatal para o grupo. O público não aderiu ao seu Rock cantado em inglês e o seu último LP "Danza" não se conseguiu impor, apesar da sua qualidade, se ouvido hoje. Pouco tempo depois do lançamento do disco , e perante as poucas solicitações para concertos, o grupo dá por terminada a sua carreira. Ao mesmo tempo que mantinha os Arte & Ofício, Sérgio Castro forma os Trabalhadores do Comércio, que lhe permite continuar na crista da onda durante o tempo que durou o fenómeno do Rock português. Foi, aliás, com esta banda brincalhona que António Garcez voltou a gravar e a cantar em português.


A colectânea "Biografia do Pop-Rock", publicada pela Movieplay em 1997, incluíu o tema “Festival” dos Arte & Ofício.

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