Centro de Arte Contemporânea |
Com uma forte aposta na cultura como factor de modernização e competitividade, o projecto foi desenhado com a perspectiva de estreitar relações culturais entre as duas cidades, tornando-as capazes de implementar o conceito de Pólo Cultural Transfronteiriço, integrando-as desse modo em roteiros nacionais e internacionais.
O projecto ganha consistência a 26 de Fevereiro de 2001, com a assinatura do protocolo de colaboração entre a Câmara Municipal de Bragança e a Fundação de Serralves.
Em Outubro de 2002 é formalizada a sua candidatura ao programa INTERREG IIIA, com a designação de “Projecto Transmuseus”, na qual se incluía a construção do Centro de Arte Contemporânea de Bragança, com um projecto do arquitecto Eduardo Souto Moura e a construção do Museu Baltasar Lobo, em Zamora, da autoria do arquitecto José Rafael Moneo.
Situado em pleno centro histórico da cidade, entre duas importantes artérias da cidade, a rua Abílio Beça e a Emídio Navarro e com vista privilegiada para a centenária Praça da Sé, o Centro de Arte ocupa um edifício do Séc. XVIII mandado edificar por Francisco Xavier da Veiga Cabral e adquirido posteriormente por José Sá Vargas. Em 1936, por testamento, o imóvel passa a propriedade da Santa Casa da Misericórdia, tendo sido adquirido em 1940, em hasta pública, pelo Banco de Portugal para aí instalar uma delegação que manteve em actividade até Março de 1993.
Em completo estado de abandono, e depois de um longo período de negociações, iniciadas em 1998, o edifício foi adquirido pela Câmara Municipal em 2002.
As obras de recuperação e adaptação do antigo solar e que dão corpo ao trabalho arquitectónico de Souto Moura tiveram inicio em Outubro de 2004 e prolongaram-se até Junho de 2008.
Resultante de decisão unânime tomada em Reunião de Câmara foi posteriormente atribuído ao equipamento o nome da pintora transmontana Graça Morais, firmado num protocolo de Cooperação e Contrato de Comodato, celebrado a 25 de Abril de 2007.
Os trabalhos de recuperação do edifício solarengo ou a ampliação do equipamento, denunciado pelo emaranhado da estrutura metálica, foram dando forma a um espaço arquitectónico de excelência, equipado com a mais moderna tecnologia.
Numa arquitectura, onde o branco é tom dominante e cada pormenor denuncia a assinatura do autor, ganham dimensão uma multiplicidade de espaços como a zona de recepção, a livraria, o bar/cafetaria, a esplanada, o jardim, sete salas dedicadas à obra da pintora Graça Morais, salas de serviço educativo, gabinetes de trabalho, sala de reuniões, galeria de exposições temporárias, balneários, oficinas, zona de recepção de obras, a reserva de colecção e a grande nave de exposições temporárias.
“Desenho e pintura 1982 – 2005” da colecção Graça Morais e “As cores não dizem nada”, de Gerardo Burmester foram os primeiros projectos artísticos a ocupar os espaços expositivos do Centro de Arte.
Site da CMB
Sem comentários:
Enviar um comentário