A revista Tintin portuguesa teve um papel fundamental na divulgação da banda desenhada, não só pela publicação das histórias de Tintim e de dezenas de outras séries mas pelas diversas rubricas, entrevistas e artigos, que possibilitaram aos leitores alargar os seus conhecimentos em BD, destacando-se a contribuição de Vasco Granja.
Tintim e Hergé nunca vieram a Portugal, mas nem por isso deixaram de ter vários amigos e conhecidos. Em Tintim no Congo, o jovem repórter é abordado por um agente do Diário de Lisboa que pretende o exclusivo da reportagem por terras de África. Pedro João dos Santos, célebre físico da Universidade de Coimbra, participa na Expedição Científica ao Árctico em A Estrela Misteriosa. Mas o grande destaque vai para o Senhor Oliveira da Figueira, comerciante radicado no médio oriente, que vende de tudo um pouco, ajudando Tintim por diversas vezes. A sua capacidade comercial sem igual faz com que lhe chamem "o branco-que-vende-tudo". Surge em Os Charutos do Faraó, No País do Ouro Negro e Carvão No Porão. Em As Jóias de Castafiore, embora não apareça, foi dos primeiros a felicitar o Capitão Haddock pelo seu suposto casamento com Bianca Castafiore.
Apesar de Portugal ter sido o primeiro país não francófono a publicar Tintim (O Papagaio, em 1935), durante décadas nunca foram editados álbuns da série por nenhuma editora nacional. O material disponível era originário do Brasil, sob chancela da Flamboiant e, mais tarde, da Editora Record, do Rio de Janeiro. Só em 1988 é que a Verbo iniciou a edição integral da série, concluída em 1999.
Oliveira da Figueira (Lisboeta) |
Ao nível dos diferentes episódios adaptados para desenhos animados e da longa metragem Tintim e o Lago dos Tubarões, a sua edição em Portugal é assegurada pela Costa do Castelo, tendo dois episódios sido distribuídos numa edição especial para O Independente.
Têm existido diversos produtos comercializados utilizando a imagem de Tintim, nem sempre devidamente licenciados, entre roupa e bonecos, merecendo destaque as duas lojas oficiais que, nos anos 90 do século XX, chegaram a existir, em Lisboa (Amoreiras) e no Porto (Via Catarina).
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