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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Tintin em Portugal

A primeira aparição de Tintim em Portugal aconteceu por intermédio da revista O Papagaio (n.º 53, de 16 de Abril de 1936), e os principais protagonistas chamavam-se então Tim-Tim, Capitão Rosa e o cão Rom-Rom (Tintim, Capitão Haddock e Milu, respectivamente). Estas histórias foram coloridas por iniciativa do editor português que, deste modo, "antecipou" a decisão de Hergé começar a colorir as suas bandas desenhadas. Outras publicações que contaram com a presença do jovem repórter foram: Cavaleiro Andante (1952), Foguetão (1961), Zorro (1963), Tintin (1968, que manteve a designação original) e Diário de Notícias (1971), este último com a particularidade de publicar tiras diárias a preto e branco.
A revista Tintin portuguesa teve um papel fundamental na divulgação da banda desenhada, não só pela publicação das histórias de Tintim e de dezenas de outras séries mas pelas diversas rubricas, entrevistas e artigos, que possibilitaram aos leitores alargar os seus conhecimentos em BD, destacando-se a contribuição de Vasco Granja.
Tintim e Hergé nunca vieram a Portugal, mas nem por isso deixaram de ter vários amigos e conhecidos. Em Tintim no Congo, o jovem repórter é abordado por um agente do Diário de Lisboa que pretende o exclusivo da reportagem por terras de África. Pedro João dos Santos, célebre físico da Universidade de Coimbra, participa na Expedição Científica ao Árctico em A Estrela Misteriosa. Mas o grande destaque vai para o Senhor Oliveira da Figueira, comerciante radicado no médio oriente, que vende de tudo um pouco, ajudando Tintim por diversas vezes. A sua capacidade comercial sem igual faz com que lhe chamem "o branco-que-vende-tudo". Surge em Os Charutos do Faraó, No País do Ouro Negro e Carvão No Porão. Em As Jóias de Castafiore, embora não apareça, foi dos primeiros a felicitar o Capitão Haddock pelo seu suposto casamento com Bianca Castafiore.
Apesar de Portugal ter sido o primeiro país não francófono a publicar Tintim (O Papagaio, em 1935), durante décadas nunca foram editados álbuns da série por nenhuma editora nacional. O material disponível era originário do Brasil, sob chancela da Flamboiant e, mais tarde, da Editora Record, do Rio de Janeiro. Só em 1988 é que a Verbo iniciou a edição integral da série, concluída em 1999.
Oliveira da Figueira (Lisboeta)
Para além dos álbuns da Verbo, que também incluem os fac-similados a preto e branco dos primeiros livros, existem outras edições de Tintim em Portugal como os 22 álbuns brochados em francês que surgiram em 1990 (Ediciones del Prado/Casterman), numa edição para o mercado ibérico. Há ainda dois volumes, As Melhores Aventuras de Tintim, que correspondem a fascículos publicados pelo jornal O Independente, em 1994, bem como 11 álbuns duplos cartonados especialmente editados pelo Círculo de Leitores entre 1999 e 2000. O jornal Público editou, entre 2003 e 2004, uma colecção de 24 álbuns brochados, que se tornou um caso de impressionante sucesso, havendo ainda a assinalar o volume saído na Colecção "Os Clássicos da BD", organizado pela Devir e Panini Comics para o Correio da Manhã, em 2003.
Ao nível dos diferentes episódios adaptados para desenhos animados e da longa metragem Tintim e o Lago dos Tubarões, a sua edição em Portugal é assegurada pela Costa do Castelo, tendo dois episódios sido distribuídos numa edição especial para O Independente.
Têm existido diversos produtos comercializados utilizando a imagem de Tintim, nem sempre devidamente licenciados, entre roupa e bonecos, merecendo destaque as duas lojas oficiais que, nos anos 90 do século XX, chegaram a existir, em Lisboa (Amoreiras) e no Porto (Via Catarina).

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