A acção dos cuidados paliativos de proximidade está a ganhar importância social em concelhos do interior, onde uma importante fatia da população está envelhecida e em alguns casos há sinais de abandono a pessoas idosas.
Uma constatação efectuada no decurso do 1.º Seminário: Novas Abordagens do Cuidar, que decorreu ao longo de todo o dia da passada sexta-feira Mogadouro, numa iniciativa promovida pela Santa Casa da Misericórdia local e que juntou especialistas em cuidados paliativos de proximidade.
"Os cuidados paliativos não são tratamentos dirigidos apenas ao diagnóstico e ao prognóstico, são dirigidos às necessidades de cada doente e da família em geral, onde são colocadas propostas de acompanhamento, mediante a dimensão de cada problema", frisou a responsável pala Unidade de Cuidados Paliativos do Planalto Mirandês, Jacinta Fernandes.
Face a esta situação, foi criada na região do Planalto Mirandês a única equipa domiciliária de cuidados paliativos em toda a região transmontana e duriense, que presta apoio diário a mais de 60 famílias dos concelhos de Mogadouro, Miranda do Douro e Vimioso.
"Acompanhamos doentes especiais, que necessitam de muito apoio psicológico, sendo importante trabalhar com profissionais devidamente credenciados para prestar estes cuidados", salientou a responsável.
Na maioria dos casos, os profissionais desta área da saúde trabalham com doentes "muito debilitados" e, em alguns casos, as queixas não são apenas físicas, mas sim emocionais.
"Há doentes que são visitados uma vez por mês, outros três vezes por dia, o que dá uma média de cinco consultas por mês", contabilizou a responsável.
No terreno estão três equipas multidisciplinares que integram cerca de três dezenas de profissionais oriundos de diversas áreas da saúde e que vão desde os médicos, aos psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas.
in:rba.pt
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