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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Azeite vai ter ecoetiqueta em 2013


O azeite do sudoeste da Europa, que representa 47% da produção mundial, terá, a partir de 2013, uma ecoetiqueta que garante o respeito pelas normas ambientais e a indicação da pegada de carbono no processo produtivo.
A investigação envolve o CVR – Centro para a Valorização de Resíduos da Universidade do Minho, a Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD) e quatro centros tecnológicos de França e Espanha. O consórcio designa-se OiLCA e é co-financiado pelo FEDER ao abrigo do programa Interreg IV B SUDOE.
O grupo reuniu há dias no CVR, em Guimarães, definindo em especial para 2012 a realização de jornadas e mesas de trabalho, dirigidas às empresas e demais entidades públicas e privadas do sector oleícola, que permitirão a recolha de informação e validação de metodologias e ainda a difusão de resultados finais, previstos para Dezembro.
“O OiLCA visa promover a competitividade do sector oleícola do sudoeste europeu e culminará na implementação de uma ecoetiqueta, indexada ao produto oleico, capaz de comunicar ao consumidor o esforço e contribuição do sector para proteger o meio ambiente e mitigar as alterações climatéricas”, explicou Jorge Araújo, do CVR, ao jornal Correio do Minho.
Pretende-se proporcionar às empresas uma ferramenta que permita avaliar, de um ponto de vista ambiental e económico, tanto os seus processos produtivos como os impactes resultantes das possíveis alterações nos mesmos, identificando os melhores cenários sustentáveis e ecoeficientes.
Para isso serão realizadas análises à pegada de carbono, ao ciclo de custos e ao volume de resíduos produzidos por região. Para quantificar as emissões de gases com efeito de estufa será usada como ferramenta a análise de ciclo de vida (ACV), passando por todas as fases de produção. Além do CVR e da AOTAD, o consórcio inclui a Fundação Citoliva (chefe de fila), Fundação CTM Centro Tecnológico, Instituto Andaluz de Tecnologia e Instituto Nacional Politécnico de Toulouse. O site oficial é www.oilca.eu.
Rentabilizar os resíduos do azeite
As qualidades intrínsecas do azeite e o seu elaborado cultivo, extracção, refinação e embalagem conferem-lhe um custo quatro vezes superior aos óleos alimentares tradicionais, como o de girassol, obtido desde uma semente oleoginosa e não de um fruto. Da azeitona é possível extrair 20% do seu peso em azeite, sendo o restante, chamado bagaço, uma mistura de caroço, polpa e azeite remanescente, resíduo que é quatro vezes maior do que o produto de interesse.
O sudoeste europeu produz 7.25 milhões de toneladas de bagaço ao ano, sendo imprescindível identificar e potenciar oportunidades de gestão segundo as tecnologias disponíveis e emergentes que antevejam ganhos ambientais e económicos, perante um contexto de crise energética e da crescente preocupação ambiental dos cidadãos.
O consumo de azeite aumentou na Europa mais de 50% nos últimos 20 anos, alcançando 1,85 milhões de toneladas em 2009. No mesmo período, Portugal mais do que duplicou a sua produção, de 26 mil para 68 mil toneladas, e em simultâneo reduziu para metade o total de lagares (de 1000 para 500), com tecnologia moderna e avançada.
O país produz 70% do azeite que precisa e está a caminho da auto-suficiência meio século depois. Admite-se ultrapassar em breve as 100 mil toneladas de produção anual do chamado «ouro líquido» e reforçar o volume das exportações, sobretudo para o Brasil.

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